São Paulo, quinta, 9 de outubro de 1997.




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Econômico foi fechado em 95

da Reportagem Local

A Conepar (Companhia Nordeste de Participações) pertencia à Esae (Econômico S/A Empreendimentos), uma das empresas do grupo Econômico, de Ângelo Calmon de Sá.
Em agosto de 1995, o BC (Banco Central) interveio no Banco Econômico devido à crise financeira da instituição, que tinha dívida superior ao patrimônio líquido.
O rombo nas contas do banco, estimado na época em aproximadamente R$ 4,2 bilhões, ocorreu devido a empréstimos de má qualidade e operações de financiamento irregulares.
O Banco Econômico, entre dezembro de 1994 e a data da intervenção, emprestou do BC cerca de R$ 3 bilhões.
Os empréstimos eram tomados diariamente. No dia anterior à intervenção, o Econômico havia emprestado do BC R$ 1,9 bilhão.
A intervenção no Econômico provocou o desgaste político de Fernando Henrique Cardoso, já que Calmon de Sá tinha bom relacionamento com políticos baianos que apoiavam o governo.
Depois soube-se que o BC tinha conhecimento da crise do Econômico desde 1989.
Em fevereiro do ano passado o BC decretou intervenção também na Esae, que era a maior devedora do Banco Econômico.
O BNDESPar, empresa de participações do BNDES, tem participação acionária na Conepar (12%) e estuda vendê-la. (ME)



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