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Bancários já
falam em 1.500 cortes no Brasil
DA REPORTAGEM LOCAL
O maior negócio bancário
do mundo, com o potencial
de aumentar a concorrência
no crédito brasileiro, deve levar ao corte de pelo menos
1.500 pessoas por conta da
duplicidade de agências e de
departamentos administrativos, segundo estimativa
dos bancários. O ABN Real
tem 32.302 funcionários, e o
Santander, 22.646 no país.
Segundo Gutemberg Oliveira, da Federação dos Bancários da CUT, os sindicatos
querem fechar um acordo
com o Santander para que
nenhuma demissão seja feita
até que a compra seja aprovada pelos reguladores.
De acordo com Oliveira, a
sobreposição de agências e
de funções administrativas
envolve 15 mil postos. "O clima é muito tenso, especialmente no Real."
O Santander minimiza a
sobreposição e afirma que os
cortes serão mínimos por
conta da alta complementaridade geográfica das agências e dos diferentes públicos
atendidos pelos bancos.
Em documento distribuído aos acionistas, o Santander afirma que os cortes serão pouco expressivos pois
concentra a maior parte de
sua atuação no Sul e Sudeste,
enquanto o Real é mais forte
no Nordeste, no Rio, em Minas e nas capitais. O Real tem
mais clientes de alta renda,
enquanto o Santander atua
em segmento popular.
"Espera-se que qualquer
redução de emprego inicial
se produza mediante adiantamento de aposentadorias
ou desligamentos voluntários. Cremos que a maioria
das baixas terá lugar por
meio da rotatividade dos empregados", disse o banco.
Congresso
O Santander foi convidado
para explicar a compra do
ABN Real em audiência pública nas comissões de Trabalho e de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados. As audiências ainda
não têm data. O banco pediu
aos parlamentares que unifiquem as duas audiências.
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