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Bastidores revelam negociações difíceis
DA REPORTAGEM LOCAL
As reuniões entre supermercados e fabricantes de açúcar ocorreram em quase todos os dias desta semana. Na segunda-feira, o
Pão de Açúcar esteve com os gerentes da marca Neve. Na quarta-feira, foi a vez de negociar com a
marca Da Barra, a mais inflexível.
Na terça-feira, o Carrefour esteve
tentando avançar nas conversas
com a Da Barra também.
"Tivemos reuniões para tratar
de tudo quanto é produto nesta
semana. É desgastante e difícil",
diz Luis Carlos Costa, diretor do
Carrefour.
O problema principal está nas
conversas com a marca Da Barra,
comprada recentemente pelo
grupo francês Cosan, um dos
maiores produtores mundiais de
açúcar.
Com eles, a conversa empaca.
"Eles são um pouco inflexíveis",
diz Hugo Bethlem, diretor do Pão
de Açúcar. A empresa bateu forte
no reajuste de 77% e não aceitava
dar menos, em torno de 40%, como as redes queriam.
Durante a semana, rumores davam como certo o fim das negociações entre as partes. Mas as entregas voltaram, aos poucos. A
Folha entrou em contato com a
empresa, que não se manifestou
sobre as negociações.
(AM)
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