São Paulo, sábado, 09 de novembro de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Moeda dos EUA tem baixas de 1,53% na semana e de 4,96% nos últimos 15 dias; risco-país cai 2,8%

Dólar mantém queda e é cotado a R$ 3,545

DA REPORTAGEM LOCAL

Pela segunda semana consecutiva o dólar fechou em baixa, cotado a R$ 3,545, com desvalorizações de 1,53% nesta semana e de 4,96% nos últimos 15 dias. O risco-país caiu 2,8%, para 1.732 pontos, devido à alta do C-Bond, que fechou com valorização de 1,06%.
O mercado iniciou o dia esperando o resultado do leilão de contratos de "swap" cambial do Banco Central. Nessa operação, o BC troca os títulos da dívida que irão vencer por novos, remunerando o investidor de acordo com a variação do dólar.
O leilão foi considerado bem-sucedido, com volume financeiro total de U$ 638 milhões, 34,8% do total da dívida que vence no próximo dia 14.
Após o leilão, o dólar permaneceu em queda e chegou a atingir a mínima de R$ 3,506. Segundo analistas, a cotação de R$ 3,50 tem se comportado como o nível em que os operadores invertem suas posições e passam a comprar, não deixando, por enquanto, a cotação cair mais.
Outra notícia que teria desacelerado a queda foi o anúncio da aprovação, pelo Conselho de Segurança da ONU, da resolução apresentada pelos Estados Unidos. Segundo ela, o Iraque tem a última chance de eliminar suas armas de destruição em massa, ou então terá de enfrentar "sérias consequências".
"Na semana que vem o dólar deve tentar romper a barreira de R$ 3,50. Mas para isso não poderá haver nenhuma surpresa na política nem a guerra EUA-Iraque", disse Giuliano Perri, da corretora Hedging & Griffo.
Segundo o economista-chefe do BBV Banco, Octávio de Barros, o risco-país poderia ter caído mais se não fossem essas turbulências internacionais.
Em mais um dia de poucos negócios, o Ibovespa, índice que mede a variação do preço das ações mais comercializadas na Bolsa de Valores de São Paulo, fechou em alta de 0,62%, com volume total de R$ 418,1 milhões.
Após a alta de 23% na quinta-feira, as ações da Net PN fecharam em queda de 6,2%. As maiores altas do Ibovespa ficaram por conta do setor de telecomunicações: 6,9% para Telemig Participações PN e 5% para Tele Nordeste Celular. A exceção ficou por conta da Brasil Telecom. As ações preferenciais da empresa tiveram queda de 6,2%.
(GEORGIA CARAPETKOV)


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