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MERCADO FINANCEIRO
Moeda dos EUA tem baixas de 1,53% na semana e de 4,96% nos últimos 15 dias; risco-país cai 2,8%
Dólar mantém queda e é cotado a R$ 3,545
DA REPORTAGEM LOCAL
Pela segunda semana consecutiva o dólar fechou em baixa, cotado a R$ 3,545, com desvalorizações de 1,53% nesta semana e de
4,96% nos últimos 15 dias. O risco-país caiu 2,8%, para 1.732 pontos, devido à alta do C-Bond, que
fechou com valorização de 1,06%.
O mercado iniciou o dia esperando o resultado do leilão de
contratos de "swap" cambial do
Banco Central. Nessa operação, o
BC troca os títulos da dívida que
irão vencer por novos, remunerando o investidor de acordo com
a variação do dólar.
O leilão foi considerado bem-sucedido, com volume financeiro
total de U$ 638 milhões, 34,8% do
total da dívida que vence no próximo dia 14.
Após o leilão, o dólar permaneceu em queda e chegou a atingir a
mínima de R$ 3,506. Segundo
analistas, a cotação de R$ 3,50 tem
se comportado como o nível em
que os operadores invertem suas
posições e passam a comprar, não
deixando, por enquanto, a cotação cair mais.
Outra notícia que teria desacelerado a queda foi o anúncio da
aprovação, pelo Conselho de Segurança da ONU, da resolução
apresentada pelos Estados Unidos. Segundo ela, o Iraque tem a
última chance de eliminar suas
armas de destruição em massa,
ou então terá de enfrentar "sérias
consequências".
"Na semana que vem o dólar
deve tentar romper a barreira de
R$ 3,50. Mas para isso não poderá
haver nenhuma surpresa na política nem a guerra EUA-Iraque",
disse Giuliano Perri, da corretora
Hedging & Griffo.
Segundo o economista-chefe do
BBV Banco, Octávio de Barros, o
risco-país poderia ter caído mais
se não fossem essas turbulências
internacionais.
Em mais um dia de poucos negócios, o Ibovespa, índice que
mede a variação do preço das
ações mais comercializadas na
Bolsa de Valores de São Paulo, fechou em alta de 0,62%, com volume total de R$ 418,1 milhões.
Após a alta de 23% na quinta-feira, as ações da Net PN fecharam em queda de 6,2%. As maiores altas do Ibovespa ficaram por
conta do setor de telecomunicações: 6,9% para Telemig Participações PN e 5% para Tele Nordeste Celular. A exceção ficou por
conta da Brasil Telecom. As ações
preferenciais da empresa tiveram
queda de 6,2%.
(GEORGIA CARAPETKOV)
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