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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Cresce adesão a programa de negociação de débitos fiscais
A demanda das empresas para negociar débitos tributários
por meio do Refis (Programa de
Recuperação Fiscal) está aquecida nos escritórios de advocacia. A menos de um mês do prazo final para a adesão ao programa, no dia 30, alguns escritórios precisam realocar a equipe de outras áreas para analisar
os pedidos que chegam.
Advogados consultados pela
Folha atribuem a demanda
maior às melhores condições
oferecidas no Refis neste ano.
Entre elas, estão o parcelamento dos débitos em até 180
meses e a possibilidade de reduzir a dívida para empresas
que tiveram prejuízo fiscal do
Imposto de Renda, diz Fernando Moura, do escritório Sacha
Calmon - Misabel Derzi.
Cerca de 40 clientes do Queiroz Prado Advogados aderiram
ao Refis, segundo o sócio Marcelo Prado.
A dívida negociada por apenas um dos clientes do escritório chega a R$ 2 bilhões, enquanto os débitos dos demais
somam R$ 60 milhões.
"É mais do que cinco vezes a
adesão do ano passado. Mas a
alta não está relacionada à crise, pois o programa abrange débitos vencidos até novembro de
2008", diz Prado.
Como muitos clientes deixaram para decidir sobre a adesão
ao Refis na última hora, não há
mais senhas no site da Receita
para agendar visitas de esclarecimento, afirma Roberto Ribeiro, do escritório Duarte Garcia,
Caselli Guimarães e Terra.
Outro problema é a incerteza
sobre a aprovação das propostas, já que ainda não há informações disponíveis sobre documentos e prazos exigidos, segundo os advogados.
"A alta [na adesão ao
Refis] não está
relacionada à crise. O
que atraiu as empresas
neste ano foram as
melhores condições
oferecidas"
MARCELO PRADO
sócio do Queiroz Prado Advogados
Maior benefício de farmácia é ficar aberta 24h
A norma da Anvisa que
quer restringir a venda de
não medicamentos em
farmácias contraria o interesse do próprio consumidor, segundo a Abrafarma
(que reúne grandes cadeias de farmácias).
Mais de 90% dos clientes consideram bom encontrar produtos como sabonetes e hidratantes nas
gôndolas. Para 78%, é positivo poder comprar cartão telefônico e recarregar
celular em farmácias. Os
dados são de pesquisa que
será divulgada hoje, feita
pelo Ibope Inteligência
para a entidade, com mais
de 1.300 entrevistas.
Apesar de os não medicamentos representarem
só 25% das vendas das farmácias, estes produtos estimulam a concorrência
no setor, diz Sérgio Barreto, presidente da entidade.
A carência de bancarização também contribuiu
para que elas tenham adquirido aspecto de loja de
conveniência, diz Barreto.
Ter serviços de pagamento de conta de água, luz e
outros é bem recebido por
79%. "Em São Paulo, isso é
incomum, mas há farmácias que pagam benefício
do INSS em municípios
que não têm bancos. No
Brasil, é necessidade."
HÉLICE
A HeliSolutions, empresa que oferece propriedade
compartilhada de helicópteros, registrou desde agosto aumento de 25% no volume de voos ante o primeiro semestre. A receita da empresa não chegou a cair
durante a crise, pois os coproprietários que quiseram
se desfazer de suas partes nos meses mais difíceis da
crise tiveram de continuar pagando as taxas do serviço até que suas cotas fossem revendidas. "Eu deixei
de crescer no período", diz Rogério Andrade, presidente da empresa, que tem crescido 50% nos últimos
anos, mas espera uma taxa de apenas 20% neste ano.
ENERGIA SOLAR 1
Um protocolo de cooperação técnica para desenvolvimento de projetos de eficiência energética foi assinado
por Caixa, Eletrobrás e Ministério de Energia. Uma das
ações é o financiamento de
aquecedores solares de água
nas casas financiadas pelo
Minha Casa, Minha Vida.
ENERGIA SOLAR 2
O custo dos aquecedores
solares de casas financiadas
pela Caixa para famílias com
renda de até três salários mínimos será totalmente subsidiado pelo banco. Para as
demais, o valor dos equipamentos será pago juntamente com o crédito imobiliário
pelos mutuários.
TRAJETÓRIAS
Será lançado no dia 18, em
meio à Semana Global do
Empreendedorismo, o livro
"Para Ser Grande", (editora
Original/Panda Books), da
jornalista Marina Vidigal. O
trabalho relata histórias de
20 grandes empreendedores
brasileiros, como Ivan Zurita (Nestlé), Alberto Saraiva
(Habib's) e Washington Olivetto (W/Brasil). O prefácio
é de Marília Rocca, fundadora do Instituto Empreender
Endeavor no país.
YAKISOBA 1
De olho nos US$ 56 bilhões de investimentos diretos anuais da China, a Apex-Brasil participará de dois
eventos para empresas do
país neste mês. O primeiro é
o Global China Business
Meeting, que terá a presença
de 400 líderes do país hoje e
amanhã, em Portugal.
YAKISOBA 2
O segundo evento é o Fórum Brasil-China de Comércio e Investimentos, promovido pela Apex, em SP, nos
dias 26 e 27. A agência receberá 300 empresários chineses, que participarão de seminários sobre oportunidades no Brasil nos setores de
energia, indústria manufatureira e infraestrutura.
MULTINACIONAIS
A internacionalização de
empresas chinesas, espanholas e indianas é tema de
debate amanhã, em São Paulo. O seminário é promovido
pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada), com colaboração da Sobeet (Sociedade Brasileira
de Estudos de Empresas
Transnacionais e da Globalização Econômica).
SOM
A produtora paulista Play
it Again acaba de abrir um
núcleo de produção na capital paranaense. A meta é que
os negócios cresçam 70% na
região com a criação da divisão, chamada Play Sul.
com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI
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