São Paulo, segunda-feira, 09 de novembro de 2009

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Mercado Aberto

MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br

Cresce adesão a programa de negociação de débitos fiscais

A demanda das empresas para negociar débitos tributários por meio do Refis (Programa de Recuperação Fiscal) está aquecida nos escritórios de advocacia. A menos de um mês do prazo final para a adesão ao programa, no dia 30, alguns escritórios precisam realocar a equipe de outras áreas para analisar os pedidos que chegam.
Advogados consultados pela Folha atribuem a demanda maior às melhores condições oferecidas no Refis neste ano.
Entre elas, estão o parcelamento dos débitos em até 180 meses e a possibilidade de reduzir a dívida para empresas que tiveram prejuízo fiscal do Imposto de Renda, diz Fernando Moura, do escritório Sacha Calmon - Misabel Derzi.
Cerca de 40 clientes do Queiroz Prado Advogados aderiram ao Refis, segundo o sócio Marcelo Prado.
A dívida negociada por apenas um dos clientes do escritório chega a R$ 2 bilhões, enquanto os débitos dos demais somam R$ 60 milhões.
"É mais do que cinco vezes a adesão do ano passado. Mas a alta não está relacionada à crise, pois o programa abrange débitos vencidos até novembro de 2008", diz Prado.
Como muitos clientes deixaram para decidir sobre a adesão ao Refis na última hora, não há mais senhas no site da Receita para agendar visitas de esclarecimento, afirma Roberto Ribeiro, do escritório Duarte Garcia, Caselli Guimarães e Terra.
Outro problema é a incerteza sobre a aprovação das propostas, já que ainda não há informações disponíveis sobre documentos e prazos exigidos, segundo os advogados.

"A alta [na adesão ao Refis] não está relacionada à crise. O que atraiu as empresas neste ano foram as melhores condições oferecidas"
MARCELO PRADO
sócio do Queiroz Prado Advogados




Maior benefício de farmácia é ficar aberta 24h

A norma da Anvisa que quer restringir a venda de não medicamentos em farmácias contraria o interesse do próprio consumidor, segundo a Abrafarma (que reúne grandes cadeias de farmácias).
Mais de 90% dos clientes consideram bom encontrar produtos como sabonetes e hidratantes nas gôndolas. Para 78%, é positivo poder comprar cartão telefônico e recarregar celular em farmácias. Os dados são de pesquisa que será divulgada hoje, feita pelo Ibope Inteligência para a entidade, com mais de 1.300 entrevistas.
Apesar de os não medicamentos representarem só 25% das vendas das farmácias, estes produtos estimulam a concorrência no setor, diz Sérgio Barreto, presidente da entidade.
A carência de bancarização também contribuiu para que elas tenham adquirido aspecto de loja de conveniência, diz Barreto. Ter serviços de pagamento de conta de água, luz e outros é bem recebido por 79%. "Em São Paulo, isso é incomum, mas há farmácias que pagam benefício do INSS em municípios que não têm bancos. No Brasil, é necessidade."

HÉLICE

A HeliSolutions, empresa que oferece propriedade compartilhada de helicópteros, registrou desde agosto aumento de 25% no volume de voos ante o primeiro semestre. A receita da empresa não chegou a cair durante a crise, pois os coproprietários que quiseram se desfazer de suas partes nos meses mais difíceis da crise tiveram de continuar pagando as taxas do serviço até que suas cotas fossem revendidas. "Eu deixei de crescer no período", diz Rogério Andrade, presidente da empresa, que tem crescido 50% nos últimos anos, mas espera uma taxa de apenas 20% neste ano.

ENERGIA SOLAR 1
Um protocolo de cooperação técnica para desenvolvimento de projetos de eficiência energética foi assinado por Caixa, Eletrobrás e Ministério de Energia. Uma das ações é o financiamento de aquecedores solares de água nas casas financiadas pelo Minha Casa, Minha Vida.

ENERGIA SOLAR 2
O custo dos aquecedores solares de casas financiadas pela Caixa para famílias com renda de até três salários mínimos será totalmente subsidiado pelo banco. Para as demais, o valor dos equipamentos será pago juntamente com o crédito imobiliário pelos mutuários.

TRAJETÓRIAS
Será lançado no dia 18, em meio à Semana Global do Empreendedorismo, o livro "Para Ser Grande", (editora Original/Panda Books), da jornalista Marina Vidigal. O trabalho relata histórias de 20 grandes empreendedores brasileiros, como Ivan Zurita (Nestlé), Alberto Saraiva (Habib's) e Washington Olivetto (W/Brasil). O prefácio é de Marília Rocca, fundadora do Instituto Empreender Endeavor no país.

YAKISOBA 1
De olho nos US$ 56 bilhões de investimentos diretos anuais da China, a Apex-Brasil participará de dois eventos para empresas do país neste mês. O primeiro é o Global China Business Meeting, que terá a presença de 400 líderes do país hoje e amanhã, em Portugal.

YAKISOBA 2
O segundo evento é o Fórum Brasil-China de Comércio e Investimentos, promovido pela Apex, em SP, nos dias 26 e 27. A agência receberá 300 empresários chineses, que participarão de seminários sobre oportunidades no Brasil nos setores de energia, indústria manufatureira e infraestrutura.

MULTINACIONAIS
A internacionalização de empresas chinesas, espanholas e indianas é tema de debate amanhã, em São Paulo. O seminário é promovido pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada), com colaboração da Sobeet (Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica).

SOM
A produtora paulista Play it Again acaba de abrir um núcleo de produção na capital paranaense. A meta é que os negócios cresçam 70% na região com a criação da divisão, chamada Play Sul.


com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI


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