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Vendas no país não passaram de
200 mil unidades
DA REPORTAGEM LOCAL
As vendas do iPhone no
Brasil foram um "fracasso"
na análise das operadoras.
Alguns institutos de pesquisa afirmam que, até agosto,
foram vendidos no país 175
mil aparelhos da Apple. Entre os fabricantes, circula um
número diferente, um pouco
superior a 100 mil unidades.
A demora da chegada do
produto ao país e o preço elevado foram os motivos apontados para o fraco resultado.
As operadoras brasileiras levaram um ano negociando
com a Apple para quebrar
seu protocolo comercial e
lançar o aparelho no país.
Nesse período, nunca se falou tanto de iPhone e smartphones (celulares inteligentes que navegam na internet). Mas quem ganhou com
isso foi a finlandesa Nokia.
Seu N95 vendeu um pouco
mais de 1 milhão de unidades
apenas nesse período de espera pelo iPhone.
No começo do ano passado, os smartphones representavam 4% das vendas de
celular no país. Com o iPhone, esse número saltou para
12% no Brasil, mas a Apple
não ficou nem com 1% das
vendas, de acordo com fabricantes e analistas.
Para as operadoras, as vendas ficaram 30% abaixo do
esperado. O fator principal é
o preço. A Folha apurou que,
um dos motivos do valor elevado, foi imposição da própria Apple, que tentou "elitizar" o produto.
A Apple exigiu das operadoras não somente um plano
exclusivo de dados atrelado
ao iPhone como também impôs, naquela ocasião, um
preço de US$ 600 para a importação do modelo que era
vendido nas lojas dos Estados Unidos por US$ 400. Por
um esforço de marca, as operadoras aceitaram.
Apesar das vendas abaixo
do previsto, os acessos à internet são maiores via iPhone. Um levantamento da
Predicta, que monitora o tráfego da rede no país, revela
que 63% dos acessos à rede
via celular ocorrem atualmente via iPhone. Em termos de receita, o resultado
ainda é pequeno.
(JW)
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