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Mercado Aberto
Guilherme Barros @ - guilherme.barros@uol.com.br
BR critica falta de fiscalização da ANP contra comércio ilegal
A adulteração de combustível, a sonegação de impostos e
as diversas ilegalidades comerciais serão temas de um seminário que será promovido pela
BR Distribuidora na próxima
segunda, em São Paulo, chamado "Distribuição de combustível, um setor em mutação".
Segundo Maria da Graça Silva Foster, presidente da BR
Distribuidora, o objetivo do seminário é chamar a atenção dos
órgãos reguladores a respeito
da necessidade de se manter
um combate efetivo e constante às diversas irregularidades
que são praticadas no setor.
Graça reconhece que há empenho por parte da ANP (Agência Nacional do Petróleo), que
regula o setor, em combater as
irregularidades, mas o que ela
questiona é a falta de efetividade desse trabalho.
O problema, para Graça Foster, é que essa fiscalização não é
contínua. Quando há uma pressão por parte das distribuidoras, a ANP aperta o combate à
ilegalidade no mercado, mas logo depois pisa o pé no freio.
Quando foi decretada a abertura do mercado de combustíveis no Brasil, em 1993, existiam no país dez distribuidoras.
Com a abertura, foram registradas 400 candidatas a distribuidoras. Hoje, existem 272 registradas e 170 em operação. De
acordo com Foster, a maioria
delas funciona em condições
ilegais.
"Há muitas distribuidoras
éticas, como a BR, mas a maioria não é", afirma.
As irregularidades, segundo a
executiva, estão se sofisticando
cada vez mais. A novidade, agora, é a clonagem dos postos BR.
Em São Paulo, foi lançado recentemente um posto com o
nome 13R, que usa o mesmo logotipo da BR, nas mesmas cores. O 13, com os números bastante próximos, se confunde
com a letra B.
A semelhança é tanta que,
durante a realização da Fórmula 1 em São Paulo, uma caravana da BR chegou a parar num
posto 13R para fazer uma ação
promocional pensando que
fosse da distribuidora estatal.
INFÂNCIA CHIQUE
A grife de moda infantil francesa Bonpoint acaba de
inaugurar sua primeira loja no Brasil. A marca, conhecida
pelo estilo sofisticado, optou por um local no circuito do
comércio de luxo paulistano, a alameda Lorena, nos Jardins. A escolha de São Paulo para sediar a loja -a primeira da marca no hemisfério sul- ocorreu depois de pesquisa com cidades da Argentina e do Chile. "Escolhemos São
Paulo porque é uma cidade cujos hábitos de consumo de
luxo se assemelham com os de Paris, Nova York e Tóquio", diz o presidente Richard Alibert. Segundo ele, há
projetos para, no futuro, abrir mais lojas em shoppings.
SOM NA CAIXA
A Luxor Vending, empresa de "vending machines" que
atua há cinco anos importando máquinas de café, ampliou
sua atuação com um produto que está em alta na Europa, as
juke-boxes. Febre nos bares, nas décadas de 40 e 50, as máquinas voltaram ao mercado, mas agora, segundo Gustavo
Salomão, diretor-executivo da Luxor, elas vão tocar é na casa dos consumidores. "A idéia é atender um perfil de consumidor que quer montar um ambiente lúdico ou de época em
casa, como já vem acontecendo na Europa. É um artigo de
luxo, mas esse mercado é muito promissor no Brasil", afirma Salomão. As máquinas alemãs podem chegar a custar
R$ 30 mil.
PIANOFORTE
Antônio Ermirío de Moraes e Guilherme Afif Domingos estão à frente de
concertos beneficentes para
manter a Sinfônica Heliópolis, que é formada por jovens
entre 16 e 25 anos da favela
paulista. As apresentações
serão regidas por Roberto
Tibiriçá, coordenador do
Instituto Baccarelli (que gerencia a orquestra), e têm
participação do pianista Arnaldo Cohen, que mora nos
Estados Unidos e irá encerrar sua temporada de 2006
no Brasil. O primeiro concerto acontece no próximo
sábado, no Teatro Municipal
de São Paulo. O segundo, no
Municipal do Rio, no dia 22.
Cohen, que não cobrou cachê, irá tocar com a orquestra Sinfônica Heliópolis. Os
convites custam R$ 150.
TURISMO DE FUNDO
Depois de cinco meses de
obra, a Funcef (fundo de
pensão dos funcionários da
Caixa) inaugura hoje o Caesar Park Eco Resort do Cabo, no litoral pernambucano. O empreendimento tem
sistema de reaproveitamento de água e energia. O fundo
investiu R$ 10 milhões.
CARAVANA
Armando Monteiro Neto,
presidente da CNI, lidera, na
quinta, na sede da CNI, uma
caravana de cerca de 300
empresários para prestigiar
a sanção presidencial da Lei
Geral da Micro e Pequena
Empresa. Os empresários da
Frente Empresarial pela Lei
Geral das Micro e Pequena
Empresa, da qual a CNI faz
parte, vão homenagear os
parlamentares que se destacaram na aprovação da lei.
ENERGIA
A Abrace (associação de
consumidores industriais e
livres de energia) vai realizar
seu primeiro leilão. Estarão
presentes 30 empresas. Entre elas, nove ofertarão
energia. A previsão da entidade é que o pregão, voltado
para os consumidores livres,
movimente cerca de 200
megawatts médios, alcançando faturamento de
R$ 200 milhões. O leilão
acontecerá na segunda.
CRISE AÉREA
Como os problemas da
crise aérea ainda não se resolveram e os atrasos e cancelamentos têm variado de
45% a 55% dos vôos diários
de todos os aeroportos nacionais, a expectativa para
dezembro é muito ruim e
deve reduzir bastante a projeção de crescimento da demanda para este ano, que girava em torno de 15%, segundo Amaryllis Romano,
da Tendências Consultoria.
De acordo com a economista, o quadro da aviação civil
nacional apenas reflete o
caos de todo o setor de infra-estrutura do país, onde a falta de investimentos tem se
constituído como empecilho ao crescimento mais forte. "A falta de investimento,
por sua vez, é fruto da inexistência de ambiente regulatório adequado que serviria
para incentivar a participação privada", diz. Dessa maneira, o setor, que desde
2004 até novembro deste
ano -se considerados apenas os vôos domésticos-
cresceu 39,3% e não contou
com o estabelecimento destas condições adequadas ao
investimento em infra-estrutura, deve começar a pagar esse preço.
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