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Estoque de milho caiu 936 mil toneladas
Vendas da Conab iniciadas no final de outubro reduziram estoque do governo
Com as operações da companhia, a quantidade de milho acumulada pelo governo deve estar em cerca de 3 milhões de toneladas
DA REUTERS
Os estoques de milho do governo sofreram uma redução
de 936 mil toneladas desde que
a Conab (Companhia Nacional
de Abastecimento) entrou vendendo no mercado ou promovendo operações para escoar o
produto, no final de outubro. A
informação é da Secretaria de
Política Agrícola do Ministério
da Agricultura.
Segundo o coordenador geral
da secretaria, Silvio Farnese, o
governo efetivou vendas diretas de 616 mil toneladas e já
realizou operações para escoar
320 mil toneladas por meio dos
leilões de VEP, prêmio disputado pela indústria para subsidiar
o escoamento do produto para
o Nordeste e o Norte.
As operações, acordadas entre a cadeia produtiva, começaram depois que os compradores reclamaram que os preços
do mercado físico registravam
altas crescentes com a entressafra.
Na quinta-feira, a Conab vendeu cerca de 120 mil toneladas.
Desde que as operações da
companhia iniciaram, as cotações se estabilizaram.
Em algumas operações, o governo registrou ágio de até R$ 2
por saca de 60 quilos, para um
preço inicial um pouco abaixo
do de mercado (calculado com
base no preço mínimo acrescido de um custo de estocagem).
Com as operações da Conab,
os estoques atuais do governo
devem estar em cerca de 3 milhões de toneladas. Mais uma
rodada de vendas está programada para a semana que vem, a
última prevista para este ano,
segundo a secretaria.
Em janeiro, o governo pretende vender entre 300 e 400
mil toneladas de seus estoques
e depois interromper as operações, uma vez que o produto a
ser colhido na safra de verão já
começará a chegar ao mercado
e os leilões colaborariam para a
queda dos preços.
Segundo o analista de mercado do Instituto FNP Fábio Turquino Barros, os preços do milho estão sustentados, apesar
das ofertas da Conab, porque o
mercado externo tem ajudado,
tendência essa que deve continuar durante o ano que vem.
Para Farnese, o Brasil terá de
exportar um volume razoável
no ano que vem, para que os
preços fiquem sustentados,
considerando os estoques e a
safra 2006/07, estimada em
43,5 milhões de toneladas. Neste ano, as exportações devem
fechar entre 3,5 e 4 milhões de
toneladas.
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