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Vale aprova emissão de R$ 5,5 bi em debêntures
Recursos da operação vão ajudar a pagar a aquisição da mineradora Inco
Papéis devem render mais que o CDI aos investidores, mas ainda dependem do registro da CVM para serem efetivamente lançados
DA REUTERS
A Companhia Vale do Rio
Doce informou ontem que a diretoria da empresa aprovou o
resultado da coleta de intenções de investimentos -conhecido como "bookbuilding"- da
oferta de debêntures no valor
de R$ 5,5 bilhões. Os recursos
ajudarão a financiar a aquisição
da mineradora canadense Inco.
O "bookbuilding" é um processo usado por companhias
que desejam lançar valores mobiliários -como ações e debêntures- em que os compradores
estipulam a quantidade do ativo que desejam adquirir e o
preço que estão dispostos a pagar. A consulta é feita no mercado financeiro -há até ferramentas para fazê-la pela internet- e baliza os acionistas na
decisão de realizar o lançamento dos valores mobiliários.
A Vale pretende vender
R$ 1,5 bilhão em debêntures
com vencimento em 2010, que
pagam 101,75% do CDI -equivalente a 13,35% ao ano usando
o fechamento de quinta.
Os outros R$ 4 bilhões serão
em debêntures que vencem em
2013 e pagam CDI acrescida exponencialmente de 0,25% ao
ano -ou 13,37% ao ano, também com a taxa de quinta.
A companhia disse que a efetiva emissão dessas debêntures
ainda está sujeita à obtenção do
registro devido na CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
No fim de novembro, a CVM
chegou a suspender por sete
dias a análise do pedido de oferta de distribuição pública de
debêntures da Vale, mas a mineradora apresentou recurso,
que foi aceito pela autarquia.
Em 24 de novembro, a Vale
previu para janeiro a conclusão
do financiamento da compra
da Inco. Naquele mesmo dia, o
presidente da Vale, Roger Agnelli, disse que, somado ao lançamento de bônus já anunciado, no valor de US$ 3,75 bilhões, e à emissão de debêntures que está em andamento, a
empresa previa o lançamento
de algumas operações estruturadas entre US$ 5 bilhões e
US$ 6 bilhões.
Compra da Inco
No terceiro trimestre, a Vale
fechou a aquisição da mineradora canadense de níquel Inco.
Na primeira fase da oferta de
compra de ações, a Vale arrematou o controle da mineradora por US$ 13,2 bilhões (cerca
de R$ 28,4 bilhões). O negócio
fez da brasileira a segunda
maior do mundo, só atrás da
australiana BHP Billiton.
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