São Paulo, sábado, 09 de dezembro de 2006

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Vale aprova emissão de R$ 5,5 bi em debêntures

Recursos da operação vão ajudar a pagar a aquisição da mineradora Inco

Papéis devem render mais que o CDI aos investidores, mas ainda dependem do registro da CVM para serem efetivamente lançados


DA REUTERS

A Companhia Vale do Rio Doce informou ontem que a diretoria da empresa aprovou o resultado da coleta de intenções de investimentos -conhecido como "bookbuilding"- da oferta de debêntures no valor de R$ 5,5 bilhões. Os recursos ajudarão a financiar a aquisição da mineradora canadense Inco.
O "bookbuilding" é um processo usado por companhias que desejam lançar valores mobiliários -como ações e debêntures- em que os compradores estipulam a quantidade do ativo que desejam adquirir e o preço que estão dispostos a pagar. A consulta é feita no mercado financeiro -há até ferramentas para fazê-la pela internet- e baliza os acionistas na decisão de realizar o lançamento dos valores mobiliários.
A Vale pretende vender R$ 1,5 bilhão em debêntures com vencimento em 2010, que pagam 101,75% do CDI -equivalente a 13,35% ao ano usando o fechamento de quinta.
Os outros R$ 4 bilhões serão em debêntures que vencem em 2013 e pagam CDI acrescida exponencialmente de 0,25% ao ano -ou 13,37% ao ano, também com a taxa de quinta.
A companhia disse que a efetiva emissão dessas debêntures ainda está sujeita à obtenção do registro devido na CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
No fim de novembro, a CVM chegou a suspender por sete dias a análise do pedido de oferta de distribuição pública de debêntures da Vale, mas a mineradora apresentou recurso, que foi aceito pela autarquia.
Em 24 de novembro, a Vale previu para janeiro a conclusão do financiamento da compra da Inco. Naquele mesmo dia, o presidente da Vale, Roger Agnelli, disse que, somado ao lançamento de bônus já anunciado, no valor de US$ 3,75 bilhões, e à emissão de debêntures que está em andamento, a empresa previa o lançamento de algumas operações estruturadas entre US$ 5 bilhões e US$ 6 bilhões.

Compra da Inco
No terceiro trimestre, a Vale fechou a aquisição da mineradora canadense de níquel Inco. Na primeira fase da oferta de compra de ações, a Vale arrematou o controle da mineradora por US$ 13,2 bilhões (cerca de R$ 28,4 bilhões). O negócio fez da brasileira a segunda maior do mundo, só atrás da australiana BHP Billiton.


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