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Troca de pulso por minuto encarece conta, diz Pro Teste
Em SP, plano básico torna ligação de sete minutos 127% mais cara do que é hoje
DA FOLHA ONLINE
A associação de defesa de
consumidores Pro Teste divulgou ontem uma tabela de preços que mostra que a conta do
telefone fixo vai aumentar com
a mudança do sistema de tarifação de pulsos para minutos.
A partir de março de 2007, as
operadoras terão que oferecer
aos clientes dois tipos de planos
por minutos: um chamado básico, indicado para quem faz
mais chamadas curtas, e outro
batizado de alternativo, para
quem fica durante muito tempo ao telefone, como pessoas
que acessam a internet por
meio de linha discada.
A Pro Teste analisou as tarifas que serão pagas em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília para ligações de um a dez minutos
e concluiu que, no caso do plano básico, apenas as chamadas
de até um minuto ficarão mais
baratas que as atuais nas três
cidades. Todas as demais poderão ter reajustes. Em São Paulo,
a alta poderá chegar a 127% em
uma ligação de sete minutos.
Já quando comparado ao plano alternativo, o telefone em
geral vai encarecer a não ser para ligações de quatro e oito minutos. Nesses casos, o preço será o mesmo em São Paulo e
Brasília e ao menos 1% menor
no Rio. Já a maior alta em São
Paulo será de 74%, para ligações de três minutos.
O plano básico não prevê a
cobrança de taxa de completamento de chamadas, ao contrário da tarifa atual e do plano alternativo. Três segundos depois que a ligação é atendida começa a contar o tempo da chamada e de cobrança. O usuário
tem direito a uma franquia de
200 minutos (classe residencial) ou 150 minutos (não-residencial ou PABX).
Já o plano alternativo cobra
uma taxa de completamento de
chamada no momento do atendimento com valor equivalente
a quatro minutos de ligação,
mas os assinantes têm direito a
uma franquia de 400 minutos
(residencial) ou 360 minutos
(não residencial ou PABX).
Em ambos os planos a cobrança por chamada na madrugada, sábado após as 14h, domingos e feriados nacionais
equivale ao valor de dois minutos e o usuário pode falar por
tempo indeterminado.
Também é comum o tempo
mínimo de tarifação de 30 segundos (mesmo que a ligação
seja interrompida antes disso)
para qualquer chamada. Na seqüência, a cobrança passa a ser
feita a cada seis segundos.
A Pro Teste também comparou os novos planos básico e alternativo para ajudar o consumidor a fazer a opção. Em São
Paulo, as chamadas do plano alternativo serão mais caras apenas para ligações de um minuto
(+92%) e dois minutos (+15%).
Em todos os demais casos esse
plano será mais barato, variando de 10% (três minutos) até
46% (dez minutos).
As operadoras terão que comunicar aos usuários sobre as
mudanças. Se o consumidor
não se manifestar, a conta migrará automaticamente para o
plano básico. A mudança para o
plano alternativo, entretanto,
poderá ser feita a qualquer momento, e vice-versa.
A coordenadora da Pro Teste, Maria Inês Dolci, disse que a
preocupação com o usuário é
que ele não sabe, atualmente,
quantos minutos fala ao telefone, já que a cobrança é por pulso. "A orientação é que o consumidor analise o seu comportamento por dois ou três meses
para depois escolher o plano."
A vantagem da cobrança por
minuto é que o usuário terá
uma lista de todas as ligações
locais realizadas com tempo de
duração e valor da chamada.
Nos locais onde as operadoras não oferecerem nenhum
dos planos, já que a mudança
será gradual, o consumidor
continuará a pagar por pulsos.
(KAREN CAMACHO)
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