|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Economia americana gera 132 mil vagas em novembro
Dado é indicativo de que a desaceleração econômica do país não é exagerada
Analistas esperavam menor criação de empregos; salários subiram só 0,2%,
o que sinaliza menos pressão inflacionária
DA FOLHA ONLINE
A economia dos EUA gerou
132 mil empregos em novembro, enquanto a taxa de desemprego teve ligeira alta, para
4,5%, disse ontem o Departamento do Trabalho.
O resultado do mês passado
superou em muito o registrado
em outubro -que foi revisado
para baixo, para 79 mil vagas,
contra a estimativa inicial de 92
mil. Setembro, no entanto, teve
desempenho melhor que o divulgado, com a criação de 203
mil empregos (a estimativa inicial era de 148 mil).
O aumento nos salários por
hora foi de apenas 0,2% em novembro, chegando a US$ 16,94
-o aumento em relação a novembro de 2005 foi de 4,1%.
Com o número maior de empregos e o aumento menor dos
salários, os economistas esperam que o Federal Reserve
(Fed, o BC americano) venha,
na próxima semana, a interpretar tais dados como sinal de que
a economia não está em desaceleração muito rápida, mas
que a pressão inflacionária não
é tão acentuada, e mantenha
sua taxa de juros em 5,25%.
A expectativa dos economistas era que a economia americana geraria só 110 mil vagas.
O setor industrial cortou 15
mil empregos no mês passado,
enquanto a perda no setor de
construção foi maior -29 mil.
Já o setor de serviços criou 172
mil novos postos de trabalho.
Tesouro
O secretário do Tesouro dos
EUA, Henry Paulson, disse que
o resultado da criação de empregos era uma "boa notícia" e
indicava que o crescimento
econômico está sólido.
"Também estamos vendo essa criação de empregos se traduzir em ganho real nos salários da família trabalhadora
média dos EUA", disse Paulson.
"Tudo que vejo me faz sentir
que estamos fazendo uma transição de muito sucesso entre
uma economia que estava crescendo, a uma taxa que não era
sustentável, para uma economia que está crescendo a uma
taxa sustentável. E me sinto
muito bem quanto à nossa
chance de ter uma expansão
sustentada", completou.
A produtividade dos trabalhadores americanos, no entanto, teve desaceleração acentuada no terceiro trimestre, subindo 0,2% (dado anualizado)
no período, disse nesta semana
o Departamento do Trabalho.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Gás natural: Petrobras bate recorde em campo na Bolívia Próximo Texto: Revisão faz PIB japonês cair de 2% para 0,8% no 3º trimestre Índice
|