São Paulo, sábado, 09 de dezembro de 2006

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Economia americana gera 132 mil vagas em novembro

Dado é indicativo de que a desaceleração econômica do país não é exagerada

Analistas esperavam menor criação de empregos; salários subiram só 0,2%, o que sinaliza menos pressão inflacionária


DA FOLHA ONLINE

A economia dos EUA gerou 132 mil empregos em novembro, enquanto a taxa de desemprego teve ligeira alta, para 4,5%, disse ontem o Departamento do Trabalho.
O resultado do mês passado superou em muito o registrado em outubro -que foi revisado para baixo, para 79 mil vagas, contra a estimativa inicial de 92 mil. Setembro, no entanto, teve desempenho melhor que o divulgado, com a criação de 203 mil empregos (a estimativa inicial era de 148 mil).
O aumento nos salários por hora foi de apenas 0,2% em novembro, chegando a US$ 16,94 -o aumento em relação a novembro de 2005 foi de 4,1%.
Com o número maior de empregos e o aumento menor dos salários, os economistas esperam que o Federal Reserve (Fed, o BC americano) venha, na próxima semana, a interpretar tais dados como sinal de que a economia não está em desaceleração muito rápida, mas que a pressão inflacionária não é tão acentuada, e mantenha sua taxa de juros em 5,25%.
A expectativa dos economistas era que a economia americana geraria só 110 mil vagas.
O setor industrial cortou 15 mil empregos no mês passado, enquanto a perda no setor de construção foi maior -29 mil. Já o setor de serviços criou 172 mil novos postos de trabalho.

Tesouro
O secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, disse que o resultado da criação de empregos era uma "boa notícia" e indicava que o crescimento econômico está sólido.
"Também estamos vendo essa criação de empregos se traduzir em ganho real nos salários da família trabalhadora média dos EUA", disse Paulson.
"Tudo que vejo me faz sentir que estamos fazendo uma transição de muito sucesso entre uma economia que estava crescendo, a uma taxa que não era sustentável, para uma economia que está crescendo a uma taxa sustentável. E me sinto muito bem quanto à nossa chance de ter uma expansão sustentada", completou.
A produtividade dos trabalhadores americanos, no entanto, teve desaceleração acentuada no terceiro trimestre, subindo 0,2% (dado anualizado) no período, disse nesta semana o Departamento do Trabalho.


Com agências internacionais

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