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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Infra-estrutura defende corte nos juros
A Abdib (associação de infra-estrutura) divulga hoje uma carta que lista dez motivos para a redução da taxa básica de juros na reunião de amanhã do Copom. "Agora é o momento que reúne todas as condições para cortar a Selic para tentar reduzir o custo do crédito", afirma o presidente da entidade, Paulo Godoy.
Um dos argumentos defendidos no documento é que atualmente "não há riscos inflacionários expressivos para o país". Segundo Godoy, a queda no preço das commodities compensará as pressões inflacionárias da valorização do dólar.
Além disso, o documento também cita outros fatores que vão contribuir para o controle da inflação, como desaquecimento da demanda mundial, queda na produção industrial e escassez de crédito. Para a Abdib, isso abre espaço para o Banco Central reduzir os juros.
Outro argumento da associação em defesa do corte da Selic é a necessidade de diminuição do custo do crédito. Segundo ela, o custo do capital às pessoas físicas atingiu 54,8% ao ano em outubro. Para as empresas, chegou a 31,6% ao ano.
"Ao estabelecer juros básicos menores, a autoridade monetária pode induzir todo o mercado a reduzir o custo do capital, propiciando melhores condições ao consumo e à produção e colaborando para reduzir a inadimplência", avalia, na carta.
Para Godoy, o corte no juro básico é apenas um passo para tornar o crédito mais barato. O outro seria a redução do "spread" bancário (diferença entre o custo de captação do dinheiro e o juro cobrado dos clientes). Segundo ele, os bancos definem as taxas de juros dos empréstimos com base na lei da oferta e da demanda. E, com a atual escassez, o custo para emprestar sobe.
Segundo a Abdib, o corte na Selic e a conseqüente queda do custo do crédito podem induzir os investimentos e a retomada do crescimento econômico.
Para Godoy, uma manutenção dos juros nos atuais 13,75% não é suficiente para estimular a economia. Já o aumento da Selic iria na contramão dos argumentos apresentados pela Abdib e das ações das autoridades monetárias mundiais.
LIBERAL
Será lançado, na quinta-feira, o livro "Neoliberal,
Não. Liberal" (Editora Globo), do jornalista Carlos Alberto Sardenberg, em São
Paulo. No livro, o autor
aborda temas variados sobre
questões da atualidade em
política e economia como as
privatizações, a reforma
previdenciária, a crise do
sistema de bem-estar social
europeu e até a barraca de
passes de ônibus e o suco de
laranja de um camelô.
APOSTA
Em encontro recente com
empresários brasileiros e
mexicanos no México, o empresário Ricardo Salinas,
presidente do banco Azteca,
anunciou que irá aumentar
sua aposta no Brasil. Seus
planos de abertura de novos
pontos-de-venda aumentaram de 1.500 para 2.000 em
dois anos, e ele já admite a
possibilidade de algumas
aquisições.
PÉ DO OUVIDO
O audiolivro "A Nova Proposta", de Warren Buffett,
será lançado no Brasil pela
editora Nossa Cultura. O CD
traz as lições do milionário
sobre investimento.
SEDE
A Receita Federal decide
até o fim desta semana o aumento da alíquota de IPI
(Imposto sobre Produtos
Industrializados) para cervejas e refrigerantes.
PÍLULA
A Hypermarcas passou as
empresas farmacêuticas
multinacionais e agora é a líder de vendas no setor de
medicamentos isentos de
prescrição médica, segundo
a IMS Health do Brasil. A
empresa, que entrou no setor em 2007, expandiu-se
com a aquisição da DM Farmacêutica e da Farmasa. Ela
é dona de marcas como Doril, Engov e Estomazil.
ASSEMBLÉIA NA WEB
Quatro companhias se reuniram para desenvolver a Assembléia na Web, uma plataforma de serviços para a participação de acionistas pela internet em assembléias de empresas. Criado por Firb (Financial Investor Relations Brasil),
Serasa, Comprova.com e escritório de advocacia MHM, o
projeto traz um sistema de certificação digital que permite
aos acionistas assistirem às assembléias e votarem pela rede.
Segundo Arleu Aloisio Anhalt, da Firb, o produto já está sendo apresentado a companhias de capital aberto. Para ele, o
maior benefício é nos procedimentos de governança corporativa. "A plataforma dá uma chance maior de participação
aos acionistas e aumenta a transparência das empresas."
PAPAI NOEL
Roupas e calçados lideram as intenções de compra neste Natal, segundo pesquisa elaborada para a ACSP (Associação Comercial de São Paulo) pela Ipsos Public Affairs.
Cerca de 49% dos brasileiros pretendem comprar tais
produtos. Só 2% têm interesse por eletrodomésticos em
geral. Segundo a ACSP, os produtos mais dependentes de
crédito ficarão em segundo plano neste Natal.
com JOANA CUNHA, MARINA GAZZONI
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