TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar do otimismo ontem, analistas têm dúvidas quanto às perspectivas de médio e longo prazos para a Bolsa e não vêem ainda um ponto de virada. No Brasil, advertem, a retomada depende também da volta do investidor estrangeiro, o que está longe de acontecer.
Para Adauto Lima, economista da Legg Mason/Western Asset, há um movimento lento de "recuperação da credibilidade" lá fora, mas não há sinais de estrangeiros procurando oportunidades no Brasil. "Não acho que quem deixou de comprar agora perderá a oportunidade da vida. Vai ter [outros] momentos", diz Lima.
Marcelo Ribeiro, estrategista da Pentágono, lembra que nos últimos seis anos, quando a Bolsa subia, houve vários momentos de correção, com baixas entre 20% e 30%. "Da mesma forma, no mercado em baixa, a gente vai ter altas de 20% a 30%, que vão se mostrar boas oportunidades de venda."
Para Theo Rodrigues, presidente do Instituto Nacional de Investidores, é sempre hora para comprar ações de empresas em crescimento, desde que se pense em longo prazo, procure diversificar e reinvista os dividendos.


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