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Vale pára mais duas unidades
Empresa diz que há uma "contração sem precedentes da demanda global"
Com a queda da demanda das siderúrgicas mundiais, especialmente das chinesas, a companhia começou a tomar medidas de ajuste
DA SUCURSAL DO RIO
Afetada pela crise global, a
Vale anunciou ontem mais um
corte de produção. A mineradora paralisou duas unidades
de pelotas de minério de ferro
no porto de Tubarão, no Espírito Santo, com capacidade total
de 7,3 milhões de toneladas
anuais.
Segundo a Vale, "a decisão de
reduzir a produção de pelotas
deve-se à contração sem precedentes da demanda global por
minério de ferro e pelotas".
Há um mês, a mineradora já
havia suspendido a produção
de pelotas em outras duas unidades, também em Tubarão.
Duas plantas da joint venture
Samarco -na qual a mineradora possui 50% do capital- também sofreram paradas. Ao todo, houve um corte na fabricação de 23 milhões de toneladas
de pelotas.
Para a Vale, tais decisões são
necessárias em face da "severa"
recessão que atinge o mundo e
do cenário de imprevisibilidade
do consumo. "Diante da severidade da recessão global e das
incertezas sobre a evolução futura da demanda, a Vale continuará a administrar sua produção de acordo com as condições
de mercado prevalecentes no
curto prazo", disse a companhia, em nota.
Pressionada pela forte queda
da demanda das siderúrgicas
mundiais, especialmente das
chinesas, a Vale começou a tomar medidas para ajustar a sua
produção ao novo cenário.
Em novembro, a mineradora
cortou a extração de 30 milhões de toneladas de minério
de ferro em Minas Gerais e reduziu a produção de níquel na
Indonésia e na China e de alumínio no Brasil, entre outras
ações.
Como conseqüência, a empresa anunciou na semana passada a demissão de 1.300 empregados no mundo e colocou
em férias coletivas outros
5.500 trabalhadores, a maior
parte de Minas Gerais.
Também na semana passada,
a Vale divulgou cortes de produção na Inco Vale, subsidiária
adquirida no final de 2006. A
empresa fechou uma mina de
níquel "por tempo indeterminado" e anunciou a paralisação
de outra em junho de 2009.
Ambas ficam no Canadá.
A mineradora também postergou por um ano o investimento em uma nova mina de
níquel naquele país, que consumirá investimentos de US$ 814
milhões -dos quais US$ 138
milhões em 2009.
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