Os medicamentos genéricos bateram um novo recorde no Brasil. Em novembro do ano passado, o volume de vendas atingiu US$ 104,9 milhões, o que significa uma alta de 42,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando foram vendidos US$ 73,6 milhões.
O número de unidades vendidas no mês também surpreendeu o mercado brasileiro. Em novembro, foram comercializadas 18.548 unidades de genéricos, o que representa um crescimento de 26,2% em relação ao mesmo mês de 2005.
Também foi registrado mais um recorde na comparação com o mercado farmacêutico. O volume registrado em novembro pelos genéricos fez com que a participação desses medicamentos no bolo total da indústria atingisse a marca de 15,6%, um recorde histórico para o segmento. Em outubro, a participação era de 14%.
Segundo Vera Valente, diretora-executiva da Pro Genéricos (Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos), esse recorde significa um amadurecimento do consumidor. "Ele, hoje, tem muito mais consciência. Ninguém compra marca quando existe a opção de genérico", diz.
Para os próximos anos, a perspectiva é manter o crescimento. A Pro Genéricos estima crescimento de 30% até 2010. Para isso, é necessário vencer algumas barreiras. A primeira delas é a abertura de patente genérica de medicamentos, além de contraceptivos e hormônios.
Segundo o IMS Health, instituto que audita o mercado farmacêutico no Brasil, nos próximos cinco anos, os genéricos passarão a concorrer com laboratórios multinacionais em um mercado que ainda está sob proteção de patente estimado em US$ 337,4 milhões.
Outra "batalha" a ser vencida é a de os planos de saúde passarem a pagar os medicamentos, a exemplo do que acontece nos Estados Unidos e no Canadá. "É o que chamamos de farmaco-economia; é mais barato prevenir do que remediar depois", diz Valente.
Segundo ela, no entanto, a principal dificuldade é a viabilidade econômica dos planos. "A economia que eles fariam, nesse caso, aconteceria a médio prazo", diz.

OLHEIROS
A Roland Berger Strategy Consultants vai dobrar seu tamanho no Brasil nos próximos dois anos. Para isso, a consultoria européia iniciou um plano de captação de talentos em todos níveis de cargos, desde estagiários até altos executivos. Há 25 anos no Brasil, a Roland Berger "sempre teve uma posição modesta com relação ao país, mas agora vai investir", segundo Paul Gruppo, o presidente no Brasil. Há cerca de um ano, a equipe era formada por dez consultores no país. Com o plano, a expectativa é chegar a 60. Para conseguir as melhores cabeças, a empresa, que está em 21 países, criou uma estratégia de treinamento em que envia, anualmente, todos os seus executivos para se aperfeiçoar no exterior.

HORA DA LIQÜIDAÇÃO
A maioria dos produtos que fazem parte do ranking dos mais procurados na internet no último Natal registrou queda em seu preço médio. O dado é resultado de pesquisa do site de comparação de preços BuscaPé (veja quadro acima). A maior queda de preço foi detectada na categoria de notebooks, que, de R$ 3.044,73, passaram a custar R$ 2.524,59, em média, em uma variação de -17,1%. Já no ranking de produtos específicos, o que registrou a maior queda foi o iPod vídeo 30 GB, que, de R$ 1.414, passou a custar, em média, R$ 1.150, depois do Natal. Apesar da grande maioria de baixa, foi registrada uma alta de mais de 100% em consoles de videogame.

MARTELO BATIDO
Depois de uma longa negociação, será anunciado amanhã o novo operador do antigo hotel Le Méridien, no Rio. Deverá ser o grupo espanhol Iberostar.

MÃO FECHADA
Quem pensa que a troca de Carlos Kawall por Tarcísio Godoy na Secretaria do Tesouro Nacional significa um afrouxamento da política fiscal do governo pode estar enganado. Godoy é considerado, por aqueles que o conhecem, tão osso duro quanto Kawall.

NOVA CASA
Paulo Picchetti, Ph.D. em economia pela Universidade de Illinois (EUA) e ex-coordenador do IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da USP), assume as funções de professor da EESP e pesquisador do Ibre, divisão da FGV responsável pelo levantamento de dados e cálculo de índices de preços. "Quero unir o mundo da economia aplicada com a acadêmica", afirma.

FASHION
A Ellus vai participar de uma das principais feiras de negócios jeanswear da Europa, a Bread and Butter, entre os dias 17 e 19, em Barcelona. O interesse da empresa, que negocia abrir uma loja na Espanha, é abrir novos canais de distribuição.

SAMBA NO PÉ
A rede de lanches Bob's participará pela primeira vez do Carnaval de São Paulo. Durante os dias de desfile, haverá 12 pontos-de-vendas distribuídos pelo Sambódromo do Anhembi. A empresa contratará 300 pessoas para o período.

COELHINHO
A Konpenhagen começou, neste mês, a contratar colaboradores para a Páscoa, período mais importante para o faturamento da empresa. O quadro de funcionários na fábrica aumentou 54% -são 782 efetivos e, agora, mais 428 temporários. Desse total, 320, que trabalharam no Natal, tiveram seus contratos estendidos e 108 começaram neste mês. Todos ficarão até abril.

CONFETE
Em 2007, o Camarote Bar Brahma, em sua sétima edição, amplia sua participação no Carnaval paulista. O espaço cresceu 29%, com 3.000 m2. A expectativa de público aumentou para 12 mil e os dias de festa foram estendidos para quatro. Outra novidade foi a criação do espaço corporativo VIP, com capacidade para 400 pessoas, em que as empresas poderão inserir suas marcas e personalizar a área de conforto, entre outras ações de marketing. Os pacotes corporativos incluem, no mínimo, 80 convites.

INTERCÂMBIO
A BSP (Business School São Paulo) recebe, nesta semana, uma comitiva de 25 estudantes e professores de MBA da Universidade Suffolk, de Boston, para programa de intercâmbio e visitas a empresas e instituições brasileiras. Além de aulas com professores brasileiros, o grupo tem agenda na Natura, na Embraer, na Vale, na Telefônica e visitas à BM&F e ao BNDES. Segundo o reitor de programas internacionais, Shahriar Khaksari, o Brasil está entre os emergentes que mais atraem o interesse da instituição.