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COMÉRCIO EXTERIOR
Exportações do agronegócio têm aumento de 23% em 2008
RODRIGO VARGAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
O agronegócio brasileiro
fechou 2008 com um acréscimo de 23% nas exportações ante o ano anterior, diz
o Ministério da Agricultura.
Entre janeiro e dezembro
de 2008, as exportações atingiram a marca recorde de
US$ 71,9 bilhões -salto de
US$ 13,4 bilhões, ante o resultado de 2007.
O saldo da balança comercial do campo também atingiu um patamar descrito pelo ministério como "histórico": superávit de US$ 60 bilhões. O setor respondeu, sozinho, por 36,3% das exportações do país, liderado pelo
"complexo soja" (farelo, óleo
e grão), com US$ 18 bilhões, e
carnes (US$ 14,5 bilhões).
O desempenho, diz o ministério, teve relação direta
com a valorização dos principais componentes da balança comercial, como soja
(58%), carnes (29%), café
(22%), fumo (22%), açúcar e
álcool (18%).
"As vendas externas brasileiras foram beneficiadas pelo aumento dos preços no
mercado internacional.
Além disso, muitos produtos
registraram acréscimo dos
volumes embarcados em relação a 2007, como o álcool
(45%) e os lácteos (43%)",
afirma nota do Ministério da
Agricultura.
O crescimento ocorreu em
todos os blocos econômicos
de destino, com destaque para a Aladi (Associação Latino-Americana de Integração) -México, Cuba, Venezuela, Colômbia, Equador,
Peru, Bolívia, Chile-, que
comprou 63% a mais, e a
Ásia, com aumento de 49%.
Os negócios com a União
Europeia cresceram 13,8%; o
bloco continua a ser principal destinatário das exportações agrícolas (33%). Isoladamente, a liderança do ranking de mercados compradores é da China, cujas compras
(principalmente de soja) representaram 11% das exportações brasileiras no ano.
Mas a performance não
deve se repetir em 2009: "O
mercado trabalha com uma
perspectiva de queda, em dólar, de pelo menos 20% no
resultado das exportações",
diz Matheus Zanella, assessor de comércio exterior da
CNA (Confederação Nacional da Agricultura).
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