São Paulo, domingo, 10 de janeiro de 2010

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Novas estradas podem reduzir tempo de viagem pela metade

DO ENVIADO ESPECIAL

Responsável pela maior fatia do transporte na rota sul-Manaus, a modalidade rodofluvial pode ganhar em 2010 dois importantes corredores de escoamento, o que reduzirá o tempo de viagem, hoje de 11 dias.
"O asfaltamento da BR-163 [Cuiabá-Santarém] e a reforma da BR-319 até Porto Velho [RO] irão reduzir de três a seis dias a viagem entre São Paulo e Manaus", afirma Carlos Mensatto Benite, diretor da Transportes Bertolini, a maior operadora rodofluvial do país.
São mais de 2.000 carretas que vão e voltam de Manaus por mês, o que representa cerca de 50 mil toneladas de carga.
A principal rota para a operação rodofluvial é o trânsito pela rodovia Belém-Brasília, cortando a BR-153 e embarcando em grandes barcaças que levam de 25 a 40 carretas de Belém até Manaus. Só a viagem entre os portos fluviais de Belém e Manaus toma entre quatro dias e meio e cinco dias e meio com navegação no rio Amazonas.
A velocidade desses comboios tem aumentado. "Essa viagem chegou a durar 12 dias; com novas embarcações, conseguiu-se reduzir esse tempo para cinco dias. O tempo poderia ser menor ainda, mas há restrições de segurança", diz Nagib Salem, da Bertolini.
A Suframa avalia que as reformas da BR-319 e da BR-163 darão mais agilidade a essa modalidade de transporte. Sobre os rios, a superintendência avalia que faltam investimentos. "A Amazônia tem hoje rios navegáveis, mas não hidrovias", diz Ana Maria de Souza, coordenadora de estudos. (AB)


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