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Novas estradas podem reduzir tempo de viagem pela metade
DO ENVIADO ESPECIAL
Responsável pela maior fatia
do transporte na rota sul-Manaus, a modalidade rodofluvial
pode ganhar em 2010 dois importantes corredores de escoamento, o que reduzirá o tempo
de viagem, hoje de 11 dias.
"O asfaltamento da BR-163
[Cuiabá-Santarém] e a reforma
da BR-319 até Porto Velho [RO]
irão reduzir de três a seis dias a
viagem entre São Paulo e Manaus", afirma Carlos Mensatto
Benite, diretor da Transportes
Bertolini, a maior operadora
rodofluvial do país.
São mais de 2.000 carretas
que vão e voltam de Manaus
por mês, o que representa cerca
de 50 mil toneladas de carga.
A principal rota para a operação rodofluvial é o trânsito pela
rodovia Belém-Brasília, cortando a BR-153 e embarcando
em grandes barcaças que levam
de 25 a 40 carretas de Belém
até Manaus. Só a viagem entre
os portos fluviais de Belém e
Manaus toma entre quatro dias
e meio e cinco dias e meio com
navegação no rio Amazonas.
A velocidade desses comboios tem aumentado. "Essa
viagem chegou a durar 12 dias;
com novas embarcações, conseguiu-se reduzir esse tempo
para cinco dias. O tempo poderia ser menor ainda, mas há
restrições de segurança", diz
Nagib Salem, da Bertolini.
A Suframa avalia que as reformas da BR-319 e da BR-163
darão mais agilidade a essa modalidade de transporte. Sobre
os rios, a superintendência avalia que faltam investimentos.
"A Amazônia tem hoje rios navegáveis, mas não hidrovias",
diz Ana Maria de Souza, coordenadora de estudos.
(AB)
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