São Paulo, sexta-feira, 10 de fevereiro de 2006

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MERCADO ABERTO

Palocci admite sair para campanha

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, já admite a possibilidade de se afastar do ministério para assumir a coordenação política da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Palocci admitiu pela primeira vez em público essa hipótese em entrevista de uma hora que vai ao ar no domingo, na Rede TV!, às 23 horas, no programa Show Business, de João Dória Jr.
Na entrevista, Palocci diz claramente que poderá assumir a coordenação de campanha caso o presidente Lula decida se candidatar à reeleição e haja o convide para assumir o cargo.
O hoje ministro exerceu o mesmo papel na eleição presidencial de 2002. Com a morte de Celso Daniel, ele assumiu a coordenação do programa do PT e, depois, coordenou a equipe de transição do novo governo.
Palocci dá todas as indicações também de que o seu sucessor na Fazenda poderia ser Murilo Portugal, secretário executivo da pasta. O ministro não poupou elogios a Portugal e disse que ele é uma pessoa preparada para assumir o posto, apesar de também ter servido ao governo FHC.
Bem-humorado, ao ser questionado sobre o que faria depois do governo, já que afirma que não se candidatará a nenhum cargo neste ano, Palocci diz sorrindo que "voltaria à medicina".
O que circula em Brasília, no entanto, é que, caso Lula seja reeleito, Palocci provavelmente voltaria a ocupar a pasta da Fazenda e, automaticamente, se tornaria um dos principais nomes do PT para concorrer às eleições presidenciais de 2010.
Palocci admite também na entrevista, que, algumas vezes, discordou das decisões do Banco Central de aumento da taxa de juros, mas que sempre optou por preservar a autonomia da autoridade monetária.

PODER JOVEM
Viabilizar a inclusão de escolas públicas em programas de capacitação para fomentar o empreendedorismo cada vez mais cedo. Esse será um dos objetivos do próximo encontro da Conaje (Confederação Nacional dos Jovens Empresários), na semana que vem, no Rio. "O jovem brasileiro não vê o ato de empreender como uma opção profissional. Para mudar essa característica, que é cultural, você tem que começar na educação", diz Vanessa Rouvier, 27, organizadora da reunião. Consultora de uma auditoria no Rio, ela estudou no exterior, mas afirma que, mais do que o país, o relevante é oferecer as condições para empreender. "Nem todos têm esse perfil, mas é preciso que haja ao menos os estímulos."

INVESTIMENTOS
O Funcef aprovou proposta de investimento em dois fundos de participação. Um é o Infra-Brasil, de R$ 225 milhões, voltado para infra-estrutura e em parceria com o BID; o outro, o Logística Brasil, de R$ 80 milhões, tem a meta de atingir um patrimônio de R$ 400 milhões e investirá na locação de vagões, em terminais graneleiros e em logística.

CAPITALIZAÇÃO
A empresa de capitalização Brasilcap fechou 2005 com reservas técnicas de R$ 2,7 bilhões, uma alta de 25% sobre o volume de 2004. De acordo com pesquisas com clientes do Banco do Brasil, 37% querem guardar dinheiro com os títulos, e 24% se interessam pelos sorteios.

SUSPENSE
Depois do Carnaval, a conta publicitária de uma das quatro maiores redes de varejo do país deve mudar de endereço. O destino provável é a agência de publicidade Matos Grey, nova casa de Silvio Matos (ex-sócio de Roberto Justus), em parceria com a gigante WPP. O valor do pacote ultrapassa R$ 50 milhões.

EMISSÃO A CAMINHO
O banco PanAmericano (grupo Silvio Santos) anuncia hoje a taxa indicativa de sua primeira emissão no exterior. A remuneração dos papéis ficará entre 8,375% e 8,75% ao ano, com prazo de vencimento de três anos. O "road show" pela Europa acabou ontem, e a expectativa é superar a meta de US$ 50 milhões.

GELADAS
Em janeiro, a Kaiser registrou a sexta alta consecutiva em participação de mercado e alcançou 9% de "share", com 0,3 ponto percentual de crescimento. No mesmo mês, a Ambev perdeu 0,5 p.p., e a Nova Schin ficou praticamente estável. Janeiro costuma ser responsável por 40% do consumo de cervejas no país.

NEGÓCIO DO JAPÃO
A Caixa Econômica Federal expandirá seus negócios até o Japão. Em 27 de março, a instituição assina convênio com o japonês Iwata Shikin Bank, da cidade de Iwata, onde moram cerca de 280 mil brasileiros. O objetivo é permitir que a população consiga enviar remessas de recursos para o Brasil por meio da CEF.

SHOW DOS MILHÕES
Ninguém gerou mais dinheiro no mundo musical em 2005 do que as grandes atrações nos palcos brasileiros no fim do mês, os Rolling Stones e o U2. Segundo a revista "Forbes", a banda de Mick Jagger, apesar de não ser mais um fenômeno de vendas, gerou US$ 162 milhões em receitas, graças à turnê por 38 cidades americanas. Já o grupo irlandês chegou próximo da marca de US$ 150 milhões, também impulsionado pela venda de ingressos. Em terceiro lugar ficou o cantor country Kenny Chesney, famoso também por ser o marido da atriz Renée Zellweger.


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