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MERCADO ABERTO
Palocci admite sair para campanha
O ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, já admite
a possibilidade de se afastar
do ministério para assumir
a coordenação política da campanha à reeleição do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva.
Palocci admitiu pela primeira
vez em público essa hipótese em
entrevista de uma hora que vai ao
ar no domingo, na Rede TV!, às
23 horas, no programa Show Business, de João Dória Jr.
Na entrevista, Palocci diz claramente que poderá assumir a
coordenação de campanha caso
o presidente Lula decida se candidatar à reeleição e haja o convide para assumir o cargo.
O hoje ministro exerceu o mesmo papel na eleição presidencial
de 2002. Com a morte de Celso
Daniel, ele assumiu a coordenação do programa do PT e, depois,
coordenou a equipe de transição
do novo governo.
Palocci dá todas as indicações
também de que o seu sucessor na
Fazenda poderia ser Murilo Portugal, secretário executivo da
pasta. O ministro não poupou
elogios a Portugal e disse que ele
é uma pessoa preparada para assumir o posto, apesar de também
ter servido ao governo FHC.
Bem-humorado, ao ser questionado sobre o que faria depois
do governo, já que afirma que
não se candidatará a nenhum
cargo neste ano, Palocci diz sorrindo que "voltaria à medicina".
O que circula em Brasília, no
entanto, é que, caso Lula seja reeleito, Palocci provavelmente voltaria a ocupar a pasta da Fazenda
e, automaticamente, se tornaria
um dos principais nomes do PT
para concorrer às eleições presidenciais de 2010.
Palocci admite também na entrevista, que, algumas vezes, discordou das decisões do Banco
Central de aumento da taxa de
juros, mas que sempre optou por
preservar a autonomia da autoridade monetária.
PODER JOVEM
Viabilizar a inclusão de escolas públicas em programas
de capacitação para fomentar
o empreendedorismo cada
vez mais cedo. Esse será um
dos objetivos do próximo encontro da Conaje (Confederação Nacional dos Jovens Empresários), na semana que
vem, no Rio. "O jovem brasileiro não vê o ato de empreender como uma opção profissional. Para mudar essa característica, que é cultural, você
tem que começar na educação", diz Vanessa Rouvier, 27,
organizadora da reunião.
Consultora de uma auditoria
no Rio, ela estudou no exterior, mas afirma que, mais do
que o país, o relevante é oferecer as condições para empreender. "Nem todos têm esse perfil, mas é preciso que haja ao menos os estímulos."
INVESTIMENTOS
O Funcef aprovou proposta de
investimento em dois fundos de
participação. Um é o Infra-Brasil, de R$ 225 milhões, voltado
para infra-estrutura e em parceria com o BID; o outro, o Logística Brasil, de R$ 80 milhões, tem a
meta de atingir um patrimônio
de R$ 400 milhões e investirá na
locação de vagões, em terminais
graneleiros e em logística.
CAPITALIZAÇÃO
A empresa de capitalização
Brasilcap fechou 2005 com reservas técnicas de R$ 2,7 bilhões,
uma alta de 25% sobre o volume
de 2004. De acordo com pesquisas com clientes do Banco do
Brasil, 37% querem guardar dinheiro com os títulos, e 24% se
interessam pelos sorteios.
SUSPENSE
Depois do Carnaval, a conta
publicitária de uma das quatro
maiores redes de varejo do país
deve mudar de endereço. O destino provável é a agência de publicidade Matos Grey, nova casa
de Silvio Matos (ex-sócio de Roberto Justus), em parceria com a
gigante WPP. O valor do pacote
ultrapassa R$ 50 milhões.
EMISSÃO A CAMINHO
O banco PanAmericano (grupo Silvio Santos) anuncia hoje a
taxa indicativa de sua primeira
emissão no exterior. A remuneração dos papéis ficará entre
8,375% e 8,75% ao ano, com prazo de vencimento de três anos. O
"road show" pela Europa acabou
ontem, e a expectativa é superar
a meta de US$ 50 milhões.
GELADAS
Em janeiro, a Kaiser registrou a
sexta alta consecutiva em participação de mercado e alcançou 9%
de "share", com 0,3 ponto percentual de crescimento. No mesmo mês, a Ambev perdeu 0,5
p.p., e a Nova Schin ficou praticamente estável. Janeiro costuma ser responsável por 40% do
consumo de cervejas no país.
NEGÓCIO DO JAPÃO
A Caixa Econômica Federal expandirá seus negócios até o Japão. Em 27 de março, a instituição assina convênio com o japonês Iwata Shikin Bank, da cidade
de Iwata, onde moram cerca de
280 mil brasileiros. O objetivo é
permitir que a população consiga enviar remessas de recursos
para o Brasil por meio da CEF.
SHOW DOS MILHÕES
Ninguém gerou mais dinheiro no mundo musical em
2005 do que as grandes atrações nos palcos brasileiros no
fim do mês, os Rolling Stones
e o U2. Segundo a revista
"Forbes", a banda de Mick
Jagger, apesar de não ser mais
um fenômeno de vendas, gerou US$ 162 milhões em receitas, graças à turnê por 38
cidades americanas. Já o grupo irlandês chegou próximo
da marca de US$ 150 milhões,
também impulsionado pela
venda de ingressos. Em terceiro lugar ficou o cantor
country Kenny Chesney, famoso também por ser o marido da atriz Renée Zellweger.
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