São Paulo, sexta-feira, 10 de fevereiro de 2006

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AUTOMÓVEIS

Renaut divulga plano de reestruturação e diz que situação da empresa é frágil

A Renault vai, até 2009, lançar 26 carros, aumentar suas vendas em 800 mil unidades, alcançar uma margem operacional de 6% e pagar dividendos de 4,5 por ação. Esses objetivos fazem parte do plano de reestruturação da empresa, apresentado ontem por seu presidente, Carlos Ghosn.
"A Renault não está em crise, mas permanece frágil", disse Ghosn, cujo objetivo é tornar a Renault a fabricante de veículos européia mais lucrativa. Ao assumir o cargo, no ano passado, ele visitou todas as unidades produtivas da empresa no mundo e percebeu algumas falhas -que prefere definir como oportunidades.
As mudanças são movidas pela imagem da marca, pela linha de produtos enxuta, pelos altos investimentos, pela falta de foco no consumidor e pela ineficiência das operações estrangeiras.
A fábrica de São José dos Pinhais (PR), por exemplo, opera hoje com uma ociosidade de 65%. "Em três anos, vamos atingir a capacidade total, com três turnos. Faremos 250 mil carros", promete o atual presidente da Renault do Brasil, Pierre Poupel. Ainda em 2006, haverá dois novos produtos.
O Brasil, aliás, foi bastante citado no discurso de Ghosn: "Desde 1997, investimos mais de US$ 1,3 bilhão, conseguimos um "market share" modesto de 2,9% e nunca tivemos lucro". As perdas no Mercosul foram de 90 milhões em 2005, devem ser de 45 milhões neste ano, e o lucro só deve ser registrado em 2007.
Em todo o mundo, porém, a Renault teve lucro operacional de 1,323 bilhão. "Mas não podemos ficar satisfeitos com uma margem de lucro de 3,2%, porque a média do mercado é 3,6%", disse Ghosn. O objetivo é chegar a 6% em 2009, margem da BMW, Honda e Toyota.
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM, EDITOR-ASSISTENTE DE VEÍCULOS)

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