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AUTOMÓVEIS
Renaut divulga plano de reestruturação e diz que situação da empresa é frágil
A Renault vai, até 2009, lançar
26 carros, aumentar suas vendas
em 800 mil unidades, alcançar
uma margem operacional de
6% e pagar dividendos de 4,5
por ação. Esses objetivos fazem
parte do plano de reestruturação da empresa, apresentado
ontem por seu presidente, Carlos Ghosn.
"A Renault não está em crise,
mas permanece frágil", disse
Ghosn, cujo objetivo é tornar a
Renault a fabricante de veículos
européia mais lucrativa. Ao assumir o cargo, no ano passado,
ele visitou todas as unidades
produtivas da empresa no mundo e percebeu algumas falhas
-que prefere definir como
oportunidades.
As mudanças são movidas pela imagem da marca, pela linha
de produtos enxuta, pelos altos
investimentos, pela falta de foco
no consumidor e pela ineficiência das operações estrangeiras.
A fábrica de São José dos Pinhais (PR), por exemplo, opera
hoje com uma ociosidade de
65%. "Em três anos, vamos atingir a capacidade total, com três
turnos. Faremos 250 mil carros", promete o atual presidente
da Renault do Brasil, Pierre Poupel. Ainda em 2006, haverá dois
novos produtos.
O Brasil, aliás, foi bastante citado no discurso de Ghosn:
"Desde 1997, investimos mais de
US$ 1,3 bilhão, conseguimos um
"market share" modesto de 2,9%
e nunca tivemos lucro". As perdas no Mercosul foram de 90
milhões em 2005, devem ser de
45 milhões neste ano, e o lucro
só deve ser registrado em 2007.
Em todo o mundo, porém, a
Renault teve lucro operacional
de 1,323 bilhão. "Mas não podemos ficar satisfeitos com uma
margem de lucro de 3,2%, porque a média do mercado é
3,6%", disse Ghosn. O objetivo é
chegar a 6% em 2009, margem
da BMW, Honda e Toyota.
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM, EDITOR-ASSISTENTE DE VEÍCULOS)
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