São Paulo, sábado, 10 de fevereiro de 2007

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Após 3 meses, participação da Sol no mercado estaciona

Cerveja tem parcela de 0,8% do mercado, praticamente o mesmo que no lançamento

Estima-se que mexicana Femsa tenha investido R$ 300 mi em marketing e produção; AmBev perde e Petrópolis ganha mercado


ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Principal lançamento do setor cervejeiro neste verão, a marca Sol, da mexicana Femsa, registra a mesma participação de mercado alcançada no primeiro mês de venda da bebida, em novembro. A Sol chegou ao mercado num clima de "a nova guerra de cervejas", numa disputa por espaço nas gôndolas com a Skol, da AmBev.
Quando chegou às gôndolas, em outubro, a Sol foi apresentada pela direção como "o maior lançamento dos últimos 15 anos". Estima-se no mercado que a Femsa tenha investido R$ 300 milhões em mídia, distribuição e produção da Sol. A empresa não confirma o valor.
Segundo dados da consultoria ACNielsen, a Sol atingiu 0,8% de "market share" em janeiro -já arredondado pela Nielsen. A bebida tinha participação de 0,9% no mês anterior e em novembro.
A Femsa não diz que há redução de mercado, mas só um arredondamento, e que a taxa está em estável 0,9%. Cada ponto do mercado equivale a R$ 100 milhões em receita. O grupo mexicano ficou com 8,7% de "market share" em janeiro, 0,1 ponto acima de dezembro. Somando todas as marcas, incluindo Kaiser, a empresa diz que registra alta de "share" há sete meses consecutivos.
O grupo Petrópolis, do empresário e ex-Schincariol Walter Faria, segue avançando sobre o mercado, sem fazer barulho, com a sua Itaipava. É o grande destaque positivo entre as marcas. No mês passado, a companhia alcançou 7% do mercado, 0,3 ponto acima do verificado em dezembro.
Já a AmBev, maior empresa de cervejas do país, perdeu participação nas vendas -reflexo, em parte, de um reajuste de preço de 4% promovido em janeiro. Segundo a última pesquisa, a participação da AmBev diminuiu de 69,3% em dezembro para 68,7% no mês passado. Em janeiro de 2006, ela era dona de 68,9% do setor. Agora, Brahma e Antarctica perderam mercado e Skol ganhou.
Não é só preço que impacta no "market share" da cervejaria. A leve derrapada da AmBev esbarra num problema que, no verão, repercute nos números da cervejaria. A AmBev tem vendas fortes em bares e restaurantes. Como no verão cresce a demanda nos supermercados, quem tem distribuição focada nesse varejo ganha ponto.
A participação das marcas da Schincariol cresceu 0,4 ponto de dezembro para janeiro. Com isso, alcançou 11,4% de "share". Ante o ano passado, ela perde fôlego: em janeiro de 2006, a taxa estava em 12,2%.


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