São Paulo, domingo, 10 de fevereiro de 2008

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Exploradoras são alvo de furto de canos

DA ENVIADA ESPECIAL
DA FOLHA ONLINE, NO RIO

As empresas que optam por investir na exploração de petróleo no Recôncavo Baiano precisam se preocupar mais com o furto de canos do que com o eventual furto do óleo. As empresas são obrigadas a contratar seguranças para evitar que parte da infra-estrutura seja levada.
Rerivaldo Almeida, funcionário da PetroRecôncavo, diz que a empresa precisou de seguranças para fiscalizar a estação coletora de petróleo. Itens como canos de ferro e fios de cobre estão entre os mais visados.
Como aspectos favoráveis na operação de pequenas empresas no setor de petróleo, especialistas costumam destacar o potencial de criação de postos de trabalho e de aproveitamento da infra-estrutura local. Na prática, muitos municípios ainda não contam com uma oferta adequada de serviços.
Segundo Almeida, não há estabelecimentos próximos aos campos. "Para almoçar, tenho de ir a Araçás ou a Itanagra, os municípios mais próximos, mas nenhum dos dois tem bancos", conta.
Apesar da melhora na década de 90, os municípios do Recôncavo Baiano têm um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) baixo. O de Itanagra é de 0,602 e o de Araçás, de 0,569 -a média brasileira é 0,80 (quanto mais próximo de 1, maior o nível de desenvolvimento).

Comercialização
O escoamento da produção é um dos fatores de preocupação dos novos produtores. Suas empresas não atuam na cadeia do refino de óleo. Com o patamar ainda pequeno de produção, elas precisam, na grande maioria dos casos, vender a produção para a Petrobras.
Segundo Wagner Freire, presidente da Abpip (Associação Brasileira de Produtores Independentes de Petróleo), o fato de só haver um comprador diminui o poder de barganha dos produtores.


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