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França anuncia ajuda de US$ 8,5 bilhões a montadoras, mas impõe condições
DA REDAÇÃO
No rastro da ajuda dos EUA à
GM e à Chrysler, o governo
francês anunciou, ontem, injeção de US$ 8,5 bilhões nas
montadoras PSA Peugeot-Citroën, Renault e Renault
Trucks, com a condição de que
elas mantenham suas fábricas
na França e que não demitam.
A medida foi anunciada após
o BC francês prever que no primeiro trimestre o PIB vá encolher 0,6% e que o país entre na
primeira recessão em 16 anos.
A Renault e a PSA receberão,
cada uma, empréstimo de US$
3,92 bilhões, e a Renault
Trucks, fabricante de caminhões, US$ 653,5 milhões.
"Em troca desses empréstimos a uma taxa preferencial de
6%, Renault e PSA se comprometeram (...) a não fechar nenhuma de suas instalações durante o período dos empréstimos e a fazer de tudo para evitar as demissões", disse o presidente francês, Nicolas Sarkozy.
Ele também disse que a ajuda
às filiais de crédito das montadoras, anunciada em dezembro, será dobrada a US$ 2,61 bilhões, e o apoio aos terceirizados do setor foi duplicado a
US$ 784 milhões, o que faz com
que apenas ontem o governo
tenha liberado mais de US$ 10
bilhões à indústria automotiva.
O acordo inclui um aumento
da indenização aos trabalhadores sob algum tipo de flexibilização de contrato. O setor representa 10% dos empregos na
França e já ganhou do governo,
desde outubro, 10 bilhões.
A PSA anunciou que não fechará unidades na França e que
não realizará demissões no
país. A Renault reafirmou seu
compromisso de não fechar
unidades e promete lançar na
França, até 2012, cinco novos
modelos.
As medidas foram mal recebidas na Europa. O primeiro-ministro da República Tcheca,
Mirek Topolanek, chamou-as
de "realmente protecionistas".
Topolanek, cujo país ocupa a
presidência da União Europeia,
já agendou uma reunião especial para discutir as medidas.
Com agências internacionais
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