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Fraudadores
usam produto cancerígeno
DA SUCURSAL DO RIO
A ANP descobriu mais
uma fraude no mercado de
combustíveis: a adição de
metanol ao álcool em proporções que chegam a 95%.
O produto é cancerígeno e a
ingestão de apenas duas colheres pode causar a morte.
"Estamos diante de um
problema de saúde pública
antes de mais nada", disse
Alan Kardec Duailibe, diretor da ANP.
O motivo da fraude, diz
Duailibe, é o custo menor do
metanol, cujo preço é de R$
0,63 na indústria, enquanto
o álcool sai por R$ 1,10 na
porta da usina.
A alta do álcool, segundo o
diretor, incentivou ainda
mais os fraudadores.
Duailibe disse que a agência começou a investigar depois de receber, em janeiro,
uma denúncia anônima.
Até agora, foram constatadas fraudes em seis postos e
duas distribuidoras do Rio de
Janeiro e de São Paulo, mas
amostras colhidas em mais
postos estão em análise.
O metanol era usado como
combustível automotivo em
alguns países (inclusive
EUA) até os anos 90. Seu uso
foi praticamente banido
após estudos revelarem o potencial nocivo do produto.
Atualmente, os EUA permitem a adição máxima de
0,5% de metanol a outros
combustíveis.
No Brasil, o produto é liberado apenas nas indústrias
química e petroquímica.
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