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MERCADO FINANCEIRO
Dólar sobe a R$ 1,97, mas depois recua
da Reportagem Local
O dólar passou boa parte do dia
de ontem em alta, mas recuou no
final para fechar em queda.
A moeda chegou a bater em R$
1,97, mas fechou a R$ 1,91, caindo
0,52% em relação à véspera.
A média do Banco Central, entretanto, refletiu uma alta. O que
significa que, embora tenha fechado em queda, na maior parte das
operações o dólar foi negociado
em um patamar mais alto ontem.
Pela média do BC, a moeda ficou
em R$ 1,93, com valorização de
3,76% sobre a média anterior.
O que pressionou o dólar para
cima, mais uma vez, foram os vencimentos de dívidas no exterior.
Mais de US$ 400 milhões vencem só nesta semana e os bancos
estão antecipando a compra da
moeda.
O recuo no final do dia foi explicado da seguinte maneira: quando
o dólar bate em uma cotação tão
alta quanto R$ 1,97, desperta o
apetite de algumas instituições,
que consideram lucrativo vender a
moeda a tal preço. Com o aumento da oferta, nada mais natural que
um recuo da cotação.
Todos são unânimes em dizer,
no entanto, que a tendência continua sendo de câmbio pressionado
nas próximas semanas, ou meses,
por causa das dívidas vincendas.
Foi um dia mais tranquilo no
mercado de juros, com quase todas as taxas futuras recuando.
Os contratos que vencem em
abril -projetam a taxa de março- caíram de 56,04% para
51,80% ao ano. Até as projeções
mais longas, de um ano ("swap"
de um ano), caíram um pouco, de
49% para 48% ao ano.
Com o BC segurando a taxa do
over -mercado de juros de um
dia- em 39% há vários dias, começa a haver uma corrente no
mercado que acredita que os juros
ficarão onde estão por enquanto.
Daí o movimento de queda das
projeções, que já apontavam uma
taxa bem maior.
(VANESSA ADACHI)
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