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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Importação de bens de capital aumenta 57% até fevereiro
O dólar baixo tem incentivado as empresas brasileiras a
substituírem a compra doméstica de bens de capital pela importação de máquinas e equipamentos. Nos dois primeiros meses, o valor da importação
de bens de capital cresceu
57,7% ante o mesmo período de
2007, enquanto a expansão da
produção interna de bens de
capital deve ter ficado na faixa
de 15%, tomando como base o
resultado de janeiro.
A conclusão consta de estudo
realizado pelo Iedi (Instituto
de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) intitulado
"Os destaques do grande crescimento das importações". O
objetivo foi o de identificar os
setores que lideraram o crescimento das compras externas.
Os setores que mais se destacaram em termos de taxa de
crescimento da média diária no
primeiro bimestre foram os seguintes: bens de consumo duráveis (74,1%), bens de capital
(57,7%) e bens intermediários
(53,2%). Esses três setores ficaram acima do crescimento do
total das importações no período, que foi de 50,7%.
Já bens de consumo não-duráveis, com avanço de 24%, e
combustíveis e lubrificantes,
com alta de 37,5%, tiveram taxas de expansão inferiores à
média e abaixo do ritmo de evolução em 2007 (32,2% e 32,1%,
respectivamente).
Segundo Júlio Sérgio Gomes
de Almeida, do Iedi, a aceleração do crescimento dos setores
de bens de capital e bens de
consumo duráveis reflete o dinamismo do investimento e do
consumo.
Em relação ao caso do setor
de bens de capital, o trabalho
chama a atenção para a expansão de 78,1% das compras do
setor de maquinaria industrial.
Só esse segmento contribuiu
com 38,7% no crescimento das
importações da categoria.
Trata-se de um sinal de que a
indústria está em processo de
forte ampliação da sua capacidade produtiva, o que é positivo
para a preservação do controle
sobre a inflação.
Apesar desse sinal positivo, o
trabalho do Iedi chama a atenção, no entanto, para a possibilidade de estar ocorrendo um
processo de substituição da
produção doméstica por importações no setor de bens de
capital.
De acordo com Júlio Sérgio
Gomes de Almeida, isso se deve
a dois motivos: a forte valorização do real frente ao dólar e o
acelerado crescimento da economia. "A soma desses fatores
explica a explosão das importações neste início do ano", diz.
Para tentar reverter esse processo de substituição da compra doméstica pelas compras
externas de bens de capital, o
economista do Iedi sugere que
o Banco Central limite esse
processo de valorização forte
do real por meio da redução dos
juros.
"O pior dos mundos seria
frear o crescimento para tentar
conter esse processo", diz o
economista.
Abdib apóia mudança em norma de portos
As mudanças na regulação
setorial dos portos, estudadas pela Secretaria Especial
de Portos e a Antaq, podem
gerar uma "nova onda" de investimento privado em terminais fora das áreas dos
portos organizados, segundo
a Abdib. Para apoiar a ação, a
Abdib ouviu um grupo de
empresários e enviou propostas ao Executivo.
A Resolução 517 foi editada em 2005 para normatizar
a forma de autorizar a construção, a exploração e a ampliação de terminais portuários de uso privativo, fora da área dos portos organizados,
mas empresários consideraram que ela extrapolou a Lei
8.630/1993, que permitiu a
participação privada na gestão e operação dos portos.
Hoje, a lei exige que um
empreendedor interessado
em construir novo terminal
privativo comprove que tem
uma carga que justifique o
valor do investimento. Potenciais investidores reclamam, segundo a Abdib.
ANAC NO RIO
Nelson Jobim (Defesa)
bate o martelo nos próximos
dias se transfere ou não a sede da Anac para o Rio. Ele
diz que a agência tem muitos
funcionários no Rio e que os
principais órgãos de aviação
também ficam na cidade. O
pedido veio de Solange Vieira, presidente da Anac.
CRIAÇÃO
Será lançado na quarta-feira, no Hotel Fasano, em
São Paulo, o 7º Prêmio ANJ
(Associação Nacional de
Jornais) de Criação Publicitária, com a presença dos
principais profissionais de
criação das agências de São
Paulo.
EMPREENDEDOR
A Semana Global do Empreendedorismo, liderada
pela Endeavor, acaba de receber adesão do Citibank, da
Visa e do Banco Real. As instituições se comprometeram a realizar atividades sobre o empreendedorismo.
DE PLÁSTICO
Miguel Jorge (Desenvolvimento), Alessandro Teixeira, da Apex-Brasil, e Merheg Cachum, do INP (instituto do plástico), participam, amanhã, de encontro
em que será assinado o projeto Export Plastic, que prevê investimentos em ações
para aumentar exportações
da cadeia de plástico do país.
TRIBUTOS
Ângela Motta Pacheco lança na sexta-feira o livro
"Ficções Tributárias: Identificação e Controle" (Editora
Noeses, 441 páginas). Entre os objetivos, estão dar informações práticas sobre tributos e orientar sobre pedidos à Justiça de exclusão da incidência de tributos que a empresa julgar indevidos. A autora faz parte do Instituto Brasileiro de Estudos Tributários e da Academia Brasileira de Direito Tributário.
TORRES
Marcos Levy, CEO da Brascan Residential Properties; as vendas do Top Towers Offices, na região do Paraíso, em São Paulo, chegaram a 90% das 423 unidades de escritórios, com valor geral de vendas de R$ 65 milhões e previsão de inauguração em abril
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