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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
PIB deve crescer 4,7% no 4º tri, diz Credit
O resultado do PIB do quarto
trimestre de 2009, que será divulgado amanhã pelo IBGE, deve apresentar crescimento de
4,7% na comparação com o
mesmo trimestre do ano anterior, de acordo com a projeção
do Credit Suisse.
O mercado espera crescimento de 4,5% no PIB (Produto Interno Bruto) do último trimestre do ano passado.
A expansão acontece após
três trimestres seguidos de retração, devido aos impactos da
crise financeira internacional.
No terceiro trimestre, a economia brasileira havia tido retração de 1,2% ante o mesmo período de 2008.
"O crescimento confirma a
forte recuperação da atividade
econômica no Brasil, em particular dos investimentos", afirma Nilson Teixeira, economista-chefe do banco.
O perfil da recuperação, segundo Teixeira, liderada pela
demanda doméstica, é diferente das retomadas passadas, que
em geral foram lideradas pelas
exportações. "Esse perfil tende
a se repetir nos próximos trimestres, embora em ritmo menos acelerado do que o observado até agora", diz.
Na comparação com o terceiro trimestre, a previsão é de
crescimento em todos os componentes do PIB sob a ótica da
demanda, com destaque para a
expansão dos investimentos.
"Os investimentos continuarão
crescendo nos próximos anos."
EM REDE
A multinacional brasileira CMA, especializada em tecnologia para o mercado financeiro, acaba de instalar um sistema
para facilitar o acesso de estrangeiros à BM&FBovespa. A
solução tecnológica, um "hub", permite que uma única corretora internacional opere com várias corretoras nacionais,
que tenham conexão com a rede da CMA. A empresa fez
parcerias com companhias de tecnologia dos Estados Unidos, da Europa e da América Latina, para conectar corretores do mundo todo ao Brasil, segundo Romualdo Salata, diretor-geral da CMA. "Apesar da globalização tecnológica, o
investidor estrangeiro ainda tem dificuldades em encontrar
um canal para operar no Brasil", afirma Salata. A parceria
deverá permitir operações diretas entre corretoras nacionais e mais de 500 corretores internacionais.
UNIVERSO FEMININO 1
A paridade entre mulheres e homens no mercado de
trabalho ainda é desigual,
mas a presença feminina é
crescente em cargos decisórios e estratégicos em todo o
mundo, segundo pesquisa
feita pela Deloitte. O setor
público tem sido mais rápido em reconhecer mulheres
talentosas do que o privado.
UNIVERSO FEMININO 2
Quase 10% dos chefes de
Estado membros das Nações Unidas são mulheres.
Mas só 3% das mil maiores
empresas multinacionais
têm uma mulher presidente.
Elas já ocupam 20% das cadeiras parlamentares. No
setor privado, só 13,5% dos
executivos das 500 maiores
americanas são mulheres.
ESTUDO FISCAL
O Núcleo de Estudos Fiscais da Direito GV, coordenado pelo professor Eurico
Marcos Diniz de Santi, recebe hoje o diretor da EESP,
Yoshiaki Nakano, e o senador Rogelio Rueda Sanchéz,
que deverão debater as experiências brasileira e mexicana sobre os respectivos
projetos de reforma fiscal.
VOADORES
No dia 15, Constantino de
Oliveira Jr. (Gol), José Efromovich (OceanAir), José
Mario Caprioli (Trip), Líbano Barroso (TAM) e Pedro
Janot (Azul) debaterão sobre competitividade da aviação, entraves e necessidades
do mercado, em SP, na 8ª
edição do Fórum Panrotas
Tendências do Turismo.
Bolsa de Valores de Nova York tem alta de 61% após fundo do poço
Em 9 de março de 2009, a
Bolsa de Nova York atingiu o
menor patamar desde 2006,
marcada pela pior crise global
em mais de 60 anos. Passado
um ano, muitas das incertezas
econômicas permanecem,
mas a maior parte das perdas
foi recuperada.
Nos últimos 12 meses, o índice Dow Jones, o mais importante de Nova York, valorizou-se em 61,4%. Nesse período, nenhuma de suas 30
ações está no negativo, e a
maior alta é a do Bank of America, que subiu 348%.
Mas, assim como a alta hoje
é acentuada, a queda, que teve
início ainda em 2007, também foi. Para ter uma ideia,
apesar de toda a subida recente, o papel do Bank of America
ainda vale 69% menos do que
o pico, em 2006.
Situação semelhante à do
Dow Jones, que está em um
nível 25% inferior ao do pico.
CLUBE DOS MILIONÁRIOS
Os milionários dos Estados Unidos estão de volta. O número de famílias no país, com patrimônio líquido de
US$ 1 milhão ou mais, cresceu 16% no ano passado, atingindo 7,8 milhões, segundo levantamento do Spectrem
Group. Apesar do aumento, esse número ainda está
aquém do pico de 9,2 milhões contabilizados em 2007, antes da crise financeira. Já a população com patrimônio de
mais de US$ 5 milhões avançou para 980 mil, o que representa crescimento de 17% na comparação com 2008. "Os
milionários do país estão retornando da recessão", disse
George Walper Jr., presidente do Spectrem.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e ÁLVARO FAGUNDES
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