UOL


São Paulo, quinta-feira, 10 de abril de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

COMBUSTÍVEIS

Empresa "está no osso"

Petrobras admite não reduzir o preço do gás

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O preço do gás de cozinha não deverá ser reduzido na refinaria. "Não está em estudo a redução do GLP [o gás de cozinha] na refinaria", disse ontem o presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra.
Segundo ele, "a Petrobras está no osso", ou seja, o preço cobrado pela estatal na venda do gás de cozinha está defasado em relação ao do mercado internacional.
Uma reunião estava marcada para hoje entre o governo e os representantes de revendedores e distribuidores de gás para discutir como reduzir o preço do produto.
Descartada a possibilidade de redução na refinaria, já usada no governo anterior, sobram a redução de margens de lucro das distribuidoras e revendas ou o aumento do valor do Auxílio-Gás.
A ministra Dilma Rousseff (Minas e Energia) disse na terça-feira no Senado que elevar o valor do Auxílio-Gás seria uma das alternativas para reduzir o preço do botijão para os consumidores de baixa renda. O benefício é pago a 9 milhões de famílias e já consumiu aproximadamente R$ 776 milhões desde o ano passado.
O benefício é dado às famílias cadastradas nos programas sociais do governo e vale R$ 7,50, pagos a cada dois meses. Os recursos vêm da Cide (tributo sobre o consumo de combustíveis).
Outra alternativa em estudo seria uma redução das margens de lucro na cadeia produtiva -refinaria, distribuidoras e revenda. Em 2002, quando tentou resolver o mesmo problema, o governo teve de forçar a redução do preço em 12,4% na Petrobras.


Texto Anterior: Dólar a R$ 3,00 ainda favorece exportador
Próximo Texto: Mercado financeiro: IGP-DI eleva dólar em dia de forte oscilação
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.