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Indústria faz acordo sobre importação de máquina usada
Proposta foi encaminhada à pasta de Desenvolvimento
NATÁLIA PAIVA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Em reunião ontem na sede
da Fiesp, 140 setores envolvidos na importação e fabricação
de bens de capital entregaram
documento ao ministro Miguel
Jorge (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,
Mdic) com mudanças na proposta da circular 83, sobre a importação de máquinas usadas.
O assunto vinha dividindo a
indústria. De um lado estavam
fabricantes de máquinas, preocupados com a perda de mercado; do outro, indústrias que
queriam agilizar a importação e
aproveitar a redução dos preços de equipamentos usados do
exterior. No texto acordado, a
proibição de importar similares aos feitos no país foi vinculada à comprovação de que a indústria nacional não pode atender aos requisitos técnicos e de
produtividade da máquina.
Segundo o diretor de competitividade e tecnologia da Fiesp,
José Ricardo Roriz, a proposta
do setor privado não acata a redução de 30 para 15 dias, que
havia na circular, para que a
Abimaq (associação das fabricantes de máquinas) ou qualquer empresa se manifeste sobre a existência de similar nacional e deixa de lado a obrigatoriedade de uma série de laudos, desburocratizando o processo, como queria o Mdic.
O secretário de Comércio
Exterior, Welber Barral, disse
que o Mdic vai analisar tecnicamente a proposta e consultar
outros ministérios. "Em termos conceituais, houve alinhamento entre os interesses do
setor privado e a proposta do
governo." Apesar de assinar
embaixo do documento, o presidente da Abimaq, Luiz Aubert
Neto, faz ressalvas. "Falar em
liberalização de máquinas usadas, quando o setor tem queda
de faturamento é um absurdo."
Para Neto, a queda do ex-tarifário como prova na avaliação do
similar nacional é um avanço.
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