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Integração energética da AL será adiada, diz Amorim
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RIO
A crise internacional poderá
inviabilizar projetos de integração energética na América
Latina, disse o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. No entanto, ele acredita
que o maior relacionamento
comercial entre esses países
pode vir a ser o caminho mais
rápido para a saída da crise,
com a criação de um mercado
consumidor latino-americano.
Em específico, Amorim disse
que o Gasoduto do Sul, que ligaria a Venezuela à Argentina,
atravessando o Brasil, "não vai
acontecer nos próximos três ou
quatro anos". Para ele, que deu
palestra em evento no Rio, fortalecer a relação entre os países
da América do Sul é essencial
para que a região se torne um
polo de atração de investimentos, mesmo que insuficiente
para competir com os EUA.
"O grande desafio para a
América do Sul no momento de
crise é aumentar a sua integração", disse. Para isso, o ideal seria a unificação dos mercados
internos. "Acho que seria um
grande erro se cada um dos países usasse o mercado interno
em detrimento do processo de
integração. Deveríamos criar o
mercado sul-americano."
Nos últimos seis a sete anos,
o comércio entre os países sul-americanos teve um crescimento de mais de 600%. A região já representa mais de 20%
das exportações brasileiras.
Para incrementar esse processo, seria preciso utilizar a liberalização comercial dentro
da região, diz.
(JULIANA ENNES)
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