São Paulo, terça-feira, 10 de maio de 2005

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Saldo da balança encosta em US$ 13 bi

DA FOLHA ONLINE

Mesmo com a tendência de queda do dólar, que ontem fechou a R$ 2,45 e acumula desvalorização de 7,7% neste ano, a balança comercial brasileira voltou a registrar saldo positivo, embora em menor intensidade na primeira semana de maio.
O superávit comercial -saldo positivo entre as exportações e as importações- acumulado no ano até a primeira semana de maio já soma US$ 12,922 bilhões, volume 49,7% superior ao de igual período do ano passado. Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
No período, as exportações totalizam US$ 35,849 bilhões, quase 30% a mais do que na mesma época do ano passado. As importações apresentam crescimento de 20,7%, para US$ 22,927 bilhões.
Na primeira semana de maio (de 1 a 8), entretanto, o superávit comercial brasileiro apontou leve desaceleração na comparação com a última semana de abril. Passou de US$ 838 milhões para US$ 728 milhões.
Esse menor ritmo do superávit pode indicar uma tendência. No início do ano, governo e analistas já previam que a desvalorização do dólar deveria começar a causar impacto a partir do segundo trimestre. Isso porque os contratos são realizados, em média, com antecedência de seis meses.
Mas, no mês passado, o superávit da balança comercial quase dobrou em relação a abril de 2004, alcançando o recorde histórico de US$ 3,876 bilhões.
O mercado financeiro prevê para este ano um superávit comercial de US$ 34,01 bilhões. Se essa projeção for confirmada, será o terceiro ano seguido de resultado recorde. Já a previsão do Banco Central é que a balança termine o ano com um saldo positivo de US$ 27 bilhões.
Em 2004, a balança comercial registrou um superávit de US$ 33,696 bilhões, o que representa um crescimento de 35,9% em relação a 2003 (US$ 24,8 bilhões). Foi o maior saldo positivo da história do país e o segundo recorde anual consecutivo.


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