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MERCADO FINANCEIRO
Moeda acumula desvalorização de 3,12% no mês; para analistas, Banco Central não deverá voltar a agir
Dólar sofre 7ª queda seguida e fecha a R$ 2,45
DA REPORTAGEM LOCAL
Foi a sétima baixa consecutiva
do dólar. Com a oferta maior que
o interesse, a moeda parece não
encontrar piso. Ontem, fechou a
R$ 2,45-recuo de 0,49%.
Neste mês, o dólar acumula
queda de 3,12% diante do real. E o
Banco Central não dá sinais de
que voltará a atuar no mercado de
câmbio. Pelo contrário. Entrevistas concedidas pelo presidente do
BC, Henrique Meirelles, em Basiléia (Suíça) foram observadas por
analistas como sinalizadoras de
que nenhuma ação deve ser tomada no momento.
Com seu menor valor desde 8
de maio de 2002, o dólar não tem
conseguido reagir diante do real.
Por isso, operadores vinham afirmando nos últimos dias que a
tendência era o BC voltar a comprar dólares ou leiloar contratos
de "swap cambial reverso".
Na BM&F, a projeção para o
contrato de juros mais negociado,
com resgate em janeiro de 2006,
recuou de 19,47% para 19,38%. O
movimento pode indicar o crescimento do número de investidores
que apostam na possibilidade de
a taxa básica de juros ser mantida
em 19,50% anuais na reunião do
Copom deste mês.
O Copom (Comitê de Política
Monetária) se reúne na próxima
semana para definir como fica a
taxa básica de juros. O mercado
ainda se divide entre os que vêem
a possibilidade de mais uma alta e
os que apostam na estabilidade
dos juros.
"Ainda que uma série de incertezas permaneça no cenário, parece que os últimos dados de atividade econômica e a evolução
das expectativas de inflação, além
da trajetória de apreciação do
real, abrem espaço para a manutenção da Selic em 19,5%", avalia
Maristella Ansanelli, economista-chefe do banco Fibra.
A Bolsa de Valores de São Paulo
não teve fôlego para dar seqüência à recuperação da semana passada, quando registrou valorização de 3%.
No pregão de ontem, a Bolsa teve queda de 0,49%. O volume negociado seguiu bem fraco e em
apenas R$ 979,8 milhões.
A ação PNA da Usiminas foi a
que mais caiu (-4,40%).
Na outra ponta, o papel preferencial da Transmissão Paulista
teve a maior apreciação entre as
ações mais negociadas no mercado acionário e fechou com ganho
de 4,68%. As ações de empresas
do setor de energia elétrica começaram a se recuperar na semana
passada.
(FABRICIO VIEIRA)
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