São Paulo, terça-feira, 10 de maio de 2005

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MERCADO FINANCEIRO

Moeda acumula desvalorização de 3,12% no mês; para analistas, Banco Central não deverá voltar a agir

Dólar sofre 7ª queda seguida e fecha a R$ 2,45

DA REPORTAGEM LOCAL

Foi a sétima baixa consecutiva do dólar. Com a oferta maior que o interesse, a moeda parece não encontrar piso. Ontem, fechou a R$ 2,45-recuo de 0,49%.
Neste mês, o dólar acumula queda de 3,12% diante do real. E o Banco Central não dá sinais de que voltará a atuar no mercado de câmbio. Pelo contrário. Entrevistas concedidas pelo presidente do BC, Henrique Meirelles, em Basiléia (Suíça) foram observadas por analistas como sinalizadoras de que nenhuma ação deve ser tomada no momento.
Com seu menor valor desde 8 de maio de 2002, o dólar não tem conseguido reagir diante do real. Por isso, operadores vinham afirmando nos últimos dias que a tendência era o BC voltar a comprar dólares ou leiloar contratos de "swap cambial reverso".
Na BM&F, a projeção para o contrato de juros mais negociado, com resgate em janeiro de 2006, recuou de 19,47% para 19,38%. O movimento pode indicar o crescimento do número de investidores que apostam na possibilidade de a taxa básica de juros ser mantida em 19,50% anuais na reunião do Copom deste mês.
O Copom (Comitê de Política Monetária) se reúne na próxima semana para definir como fica a taxa básica de juros. O mercado ainda se divide entre os que vêem a possibilidade de mais uma alta e os que apostam na estabilidade dos juros.
"Ainda que uma série de incertezas permaneça no cenário, parece que os últimos dados de atividade econômica e a evolução das expectativas de inflação, além da trajetória de apreciação do real, abrem espaço para a manutenção da Selic em 19,5%", avalia Maristella Ansanelli, economista-chefe do banco Fibra.
A Bolsa de Valores de São Paulo não teve fôlego para dar seqüência à recuperação da semana passada, quando registrou valorização de 3%.
No pregão de ontem, a Bolsa teve queda de 0,49%. O volume negociado seguiu bem fraco e em apenas R$ 979,8 milhões.
A ação PNA da Usiminas foi a que mais caiu (-4,40%).
Na outra ponta, o papel preferencial da Transmissão Paulista teve a maior apreciação entre as ações mais negociadas no mercado acionário e fechou com ganho de 4,68%. As ações de empresas do setor de energia elétrica começaram a se recuperar na semana passada. (FABRICIO VIEIRA)


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