JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO

A indústria mineira liderou o crescimento da produção industrial em março, com alta de 5,3%, de acordo com dados divulgados ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na comparação com fevereiro, houve crescimento da produção em 8 das 14 regiões pesquisadas.
Segundo André Macedo, economista da Coordenação da Indústria, o resultado foi puxado por minério de ferro e automóveis, segmentos de peso significativo na estrutura industrial mineira. Além disso, contribuíram também os resultados dos setores de metalurgia básica e de alimentos.
A indústria paulista, que representa cerca de 40% da indústria nacional, ficou estável em março. Segundo o IBGE, trata-se de acomodação após o crescimento de 2,4% em fevereiro, acima da média do país. Para Macedo, os destaques positivos são os setores de máquinas e equipamentos (principalmente os destinados à própria indústria), açúcar e aparelhos de telecomunicações.
No ano, a indústria paulista cresce 2,9%, abaixo da média do país, de 3,8%. As principais pressões negativas vieram dos setores de automóveis, apesar da recuperação em março, e de transformadores.
"O principal centro industrial do país e que também costuma liderar os processos de aceleração industrial, São Paulo, desta feita não vem comandando o processo de recuperação da indústria", afirma o Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial).
Na comparação com fevereiro, os destaques de queda em março foram as indústrias do Nordeste (1,6%), como no Ceará (4,9%) e na Bahia (0,2%).
No ano, a indústria é liderada pelos Estados com maior peso na produção de máquinas e equipamentos, indústria extrativa e setor agrícola. Macedo ressalta a recuperação da região Sul no primeiro trimestre, impulsionada pelas produções agrícola e de máquinas.


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