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Famílias modificam as refeições para reduzir gastos com alimentos
DA SUCURSAL DO RIO
Contratada pela FGV (Fundação Getulio Vargas) para
coletar preços em supermercados, a dona-de-casa Maria
de Lurdes Souza, 58, acompanha a alta dos alimentos que
persiste desde 2007, que a
obrigou a retirar alguns produtos da cesta de compras.
"Gasto R$ 350 por mês no
supermercado. Para não aumentar a despesa, tive de cortar coisas que não são essenciais, mas de que gostava, como presunto, queijo, requeijão. E procurei comprar cada
vez mais marcas mais baratas", diz ela, que vive em Cordovil (zona norte do Rio).
Ela ganha R$ 346 por mês
para pesquisar preços e diz
que houve maior aumento
nos alimentos. "Já cheguei a
pagar R$ 4 o feijão, que não
passava de R$ 1,69. O macarrão está a R$ 2,49. No começo
do ano, comprei por R$ 1,59."
Aposentada e moradora da
favela do Jacarezinho (zona
norte do Rio), Teresinha Pires dos Santos, 54, diz que cada dia está mais difícil colocar
comida na mesa de casa, onde
comem ela, o marido e quatro
filhos. A alta dos alimentos
consome cada vez mais a renda de cerca de R$ 900.
Ela conta que restringiu a
compra de carne, e outros
produtos mais caros, como o
feijão, antes presente em todas as refeições, hoje vão à
mesa três vezes por semana.
O aposentado Carlos Lemos, 83, diz que já mudou de
marca de arroz para uma similar mais barata. Para a dona-de-casa Nádia Regina
Vieira Campos, 43, o carrinho
está cada vez mais vazio, mas
a despesa só cresceu.
(PS)
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