São Paulo, sábado, 10 de maio de 2008

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Famílias modificam as refeições para reduzir gastos com alimentos

DA SUCURSAL DO RIO

Contratada pela FGV (Fundação Getulio Vargas) para coletar preços em supermercados, a dona-de-casa Maria de Lurdes Souza, 58, acompanha a alta dos alimentos que persiste desde 2007, que a obrigou a retirar alguns produtos da cesta de compras.
"Gasto R$ 350 por mês no supermercado. Para não aumentar a despesa, tive de cortar coisas que não são essenciais, mas de que gostava, como presunto, queijo, requeijão. E procurei comprar cada vez mais marcas mais baratas", diz ela, que vive em Cordovil (zona norte do Rio).
Ela ganha R$ 346 por mês para pesquisar preços e diz que houve maior aumento nos alimentos. "Já cheguei a pagar R$ 4 o feijão, que não passava de R$ 1,69. O macarrão está a R$ 2,49. No começo do ano, comprei por R$ 1,59."
Aposentada e moradora da favela do Jacarezinho (zona norte do Rio), Teresinha Pires dos Santos, 54, diz que cada dia está mais difícil colocar comida na mesa de casa, onde comem ela, o marido e quatro filhos. A alta dos alimentos consome cada vez mais a renda de cerca de R$ 900.
Ela conta que restringiu a compra de carne, e outros produtos mais caros, como o feijão, antes presente em todas as refeições, hoje vão à mesa três vezes por semana.
O aposentado Carlos Lemos, 83, diz que já mudou de marca de arroz para uma similar mais barata. Para a dona-de-casa Nádia Regina Vieira Campos, 43, o carrinho está cada vez mais vazio, mas a despesa só cresceu. (PS)


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