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PRÉ-COPOM
Para ministro do Desenvolvimento, crescimento vai superar 4% em 2004
Furlan vê espaço para juros caírem
DA FRANCE PRESSE, EM PARIS
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Luiz
Fernando Furlan, afirmou ontem
em Paris que "há espaço" para reduzir as taxas de juros no Brasil,
ao mesmo tempo em que espera
um crescimento da economia superior a 4% neste ano.
"Entendo que haja espaço para
uma redução das taxas, porque,
com uma inflação de 6% e juros
de 16%, francamente, há potencial para reduzi-las."
Na segunda-feira, o ministro da
Fazenda, Antonio Palocci Filho,
disse que "os juros já cumpriram
seu papel na retomada da atividade" econômica e que, a partir de
agora, o desafio é aprofundar as
reformas microeconômicas.
A taxa básica chegou a estar em
26,5% em 2003 e hoje está em
16%. No mês passado, não foi alterada. O BC decide na próxima
semana se muda os juros.
Furlan disse não ter dúvida de
que o crescimento irá superar 4%
neste ano. A previsão do governo
é de 3,5%. "A metade desse crescimento virá das exportações, e a
outra, da recuperação do mercado interno", afirmou.
Sobre o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Européia, o ministro disse esperar que
ele seja concluído neste ano, devido ao "clima favorável" nas negociações e ao esforço de melhora
das ofertas feito pelos blocos.
Quanto à Alca, Furlan disse que
ela "caminha na velocidade possível", devido à complexidade das
negociações. "Continuamos com
a meta [de conclusão] de 2005."
Furlan se reuniu em Paris com o
colega francês, Patrick Devedjan,
para abrir o Festival Brasil, uma
experiência entre os supermercados Casino e Pão de Açúcar por
meio da qual o primeiro venderá,
em suas 700 lojas na França, 140
produtos "made in Brazil".
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