São Paulo, quinta-feira, 10 de junho de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Moeda encerrou o dia em R$ 3,126; Banco Central renovou cerca de 33% de lote de papéis cambiais

BC rola dívida, mas dólar fecha em alta

DA REPORTAGEM LOCAL

O dólar encerrou os negócios de ontem com alta de 0,48%. Vendida a R$ 3,126, a moeda norte-americana apenas sofreu alguma pressão após o Banco Central encerrar o leilão de rolagem de vencimentos de papéis cambiais feito na tarde de ontem.
A demanda no leilão foi maior que os US$ 400 milhões em papéis cambiais ofertados pelo BC. O mercado interpretou isso como sendo um indício de que há preocupação com a evolução do dólar, o que justificaria a procura por hedge (proteção).
Com isso, encerrado o leilão, a ordem foi comprar dólares. Na operação de ontem, o BC renovou cerca de US$ 326 milhões de uma dívida de US$ 983 milhões que vence no dia 17. As taxas ficaram dentro do esperado, mas o BC se recusou a pagar os prêmios maiores pedidos por alguns bancos.
Desde novembro do ano passado, o BC não renovava papéis cambiais vincendos.
O mercado acionário local acompanhou o dia negativo em Wall Street, onde as Bolsas fecharam em baixa. Devido ao fato de ontem ser véspera do feriado de Corpus Christi, o volume de negócios na Bovespa não foi dos melhores, ficando em R$ 957 milhões. A proximidade do feriado favoreceu as ordens de venda de ações, já que grandes fundos preferem reduzir sua exposição à renda variável nesses momentos.
A Bolsa paulista fechou ontem com perdas de 2,07%. A queda de 3,2% das ações preferenciais da Telemar, que concentraram 13,9% dos negócios, foi importante para o resultado negativo do pregão de ontem.
Na liderança das baixas ficaram as ações da Vale do Rio Doce, que foram destaque de ganhos no mês passado.
O papel preferencial "A" da Vale fechou o pregão com baixa de 4,7%, seguido pela ação ordinária da empresa, que registrou perdas de 4,6%.
Na próxima semana, as atenções dos investidores estarão voltadas para a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária, formado por diretores e pelo presidente do BC), que se reunirá entre terça e quarta para definir como fica a taxa básica de juros da economia.
No mês passado, o Copom manteve os juros inalterados em 16% anuais. Para este mês, a expectativa é a de que os juros sejam mantidos novamente.
(FABRICIO VIEIRA)


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