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MERCADO FINANCEIRO
Moeda encerrou o dia em R$ 3,126; Banco Central renovou cerca de 33% de lote de papéis cambiais
BC rola dívida, mas dólar fecha em alta
DA REPORTAGEM LOCAL
O dólar encerrou os negócios
de ontem com alta de 0,48%. Vendida a R$ 3,126, a moeda norte-americana apenas sofreu alguma
pressão após o Banco Central encerrar o leilão de rolagem de vencimentos de papéis cambiais feito
na tarde de ontem.
A demanda no leilão foi maior
que os US$ 400 milhões em papéis cambiais ofertados pelo BC.
O mercado interpretou isso como
sendo um indício de que há preocupação com a evolução do dólar,
o que justificaria a procura por
hedge (proteção).
Com isso, encerrado o leilão, a
ordem foi comprar dólares. Na
operação de ontem, o BC renovou
cerca de US$ 326 milhões de uma
dívida de US$ 983 milhões que
vence no dia 17. As taxas ficaram
dentro do esperado, mas o BC se
recusou a pagar os prêmios maiores pedidos por alguns bancos.
Desde novembro do ano passado, o BC não renovava papéis
cambiais vincendos.
O mercado acionário local
acompanhou o dia negativo em
Wall Street, onde as Bolsas fecharam em baixa. Devido ao fato de
ontem ser véspera do feriado de
Corpus Christi, o volume de negócios na Bovespa não foi dos
melhores, ficando em R$ 957 milhões. A proximidade do feriado
favoreceu as ordens de venda de
ações, já que grandes fundos preferem reduzir sua exposição à
renda variável nesses momentos.
A Bolsa paulista fechou ontem
com perdas de 2,07%. A queda de
3,2% das ações preferenciais da
Telemar, que concentraram
13,9% dos negócios, foi importante para o resultado negativo do
pregão de ontem.
Na liderança das baixas ficaram
as ações da Vale do Rio Doce, que
foram destaque de ganhos no mês
passado.
O papel preferencial "A" da Vale fechou o pregão com baixa de
4,7%, seguido pela ação ordinária
da empresa, que registrou perdas
de 4,6%.
Na próxima semana, as atenções dos investidores estarão voltadas para a reunião do Copom
(Comitê de Política Monetária,
formado por diretores e pelo presidente do BC), que se reunirá entre terça e quarta para definir como fica a taxa básica de juros da
economia.
No mês passado, o Copom
manteve os juros inalterados em
16% anuais. Para este mês, a expectativa é a de que os juros sejam
mantidos novamente.
(FABRICIO VIEIRA)
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