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VIZINHO EM CRISE
Argentina dirá ao FMI que não cumpriu acordo
DE BUENOS AIRES
A Argentina vai informar ao
FMI (Fundo Monetário Internacional) na semana que vem que
não cumpriu duas das principais
exigências feitas pela instituição
ao assinar o último acordo: aprovar uma nova lei de transferência
de impostos federais para as Províncias e uma de responsabilidade fiscal.
O ministro da Economia, Roberto Lavagna, disse que terá de
pedir uma dispensa ao FMI. "Provavelmente terei de pedir ao Fundo que desista da lei de co-participação [transferência de impostos], apesar de que há meses avisamos que haveria atrasos."
O FMI chega a Buenos Aires na
segunda para iniciar a terceira revisão de acordo de US$ 13 bilhões,
assinado em setembro. Além da
renegociação da dívida de US$
105 bilhões em moratória desde
dezembro de 2001, o Fundo exigia
que a Argentina chegasse ao fim
do ano com um superávit fiscal de
10 bilhões de pesos e, até março
deste ano, aprovasse uma nova lei
de transferência de impostos e
uma de responsabilidade fiscal.
O governo já enviou ao Congresso o projeto lei de responsabilidade fiscal, que fixa limites para
o endividamento e déficits das
Províncias, mas a elaboração da
lei de transferência de impostos
está travada.
O Fundo considera as leis importantes porque o alto gasto das
Províncias é apontado como uma
das causas do colapso do país, em
2001.
(CLÁUDIA DIANNI)
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