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Mercado Aberto
Guilherme Barros
Pequenas e médias de SP têm abril frio
As pequenas e médias empresas paulistas tiveram seu
pior abril em oito anos. O termômetro foi a queda de 8,5%
no faturamento no mês em relação a 2005, segundo dados da
pesquisa de conjuntura do Sebrae-SP, realizada mensalmente desde 1998.
A receita total das pequenas e
médias em abril foi de R$ 18,3
bilhões, o que significa uma
média de R$ 13.829 por empresa. Em abril de 2005, a média
foi de R$ 15.113. São Paulo tem
1,3 milhão de empreendimentos formais registrados.
O diretor-superintendente
do Sebrae-SP, José Luiz Ricca,
afirma que o resultado da pesquisa deixa o setor "apreensivo". Segundo ele, os indicadores mostram que as grandes
empresas estão indo bem, mas
as pequenas ainda não chegaram a desfrutar da estabilidade
econômica e da inflação baixa.
"As pequenas são as primeiras
a sofrer os efeitos de qualquer
crise e as últimas a se recuperar", diz.
Para o coordenador da pesquisa, Marco Aurélio Bedê, há
quatro principais fatores que
explicam a queda. "O primeiro
deles é o efeito calendário", diz.
Abril teve quatro dias úteis a
menos que março, o que, segundo o economista, faz muita
diferença para empresas de pequeno porte.
Os outros fatores citados pelo economista são a base alta de
comparação, a estagnação do
consumo e a concentração das
compras em bens duráveis
-produzidos por grandes empresas-, e o câmbio.
"A flutuação do câmbio tem
um efeito perverso para o empresário que não é exportador,
mas que compete com os importadores", diz Bedê, que cita
os produtos chineses como os
maiores "vilões", pelo preço
mais competitivo.
Os meses de maio e junho devem ter resultados mais animadores para o setor, segundo o
economista. "Há duas datas importantes para o comércio que
atingem diretamente as pequenas e médias, o Dia das Mães e o
Dia dos Namorados."
Mandato prorrogado
por um ano
Ray G. Young, presidente
da GM do Brasil, acaba de
anunciar à diretoria que ficará por mais um ano à frente dos negócios na empresa
no Mercosul, pondo fim às
especulações de que terminaria seu mandato no último dia de 2006. Sua permanência no cargo se justifica
pelo bom resultado que a
montadora vem obtendo
tanto no Brasil como na Argentina.
DE VOLTA PARA CASA
No Brasil há 57 anos, o norte-americano Richard H. Fisk,
83, fundador da rede de escolas que levam seu nome, volta o
olhar para o país de origem. A nova investida do grupo são
os Estados Unidos, onde já há cinco escolas, com o formato
de franquias. Para isso, Fisk preparou campanha publicitária com estréia marcada para agosto, com filme a ser veiculado na Globo Internacional. A meta é chegar em 2008 -ano
em que a rede completa 50 anos de existência- com mil
unidades. Hoje, a rede conta com cerca de 930 escolas, além
de uma fundação, localizada na Vila Madalena, em São Paulo. "Resolvi criá-la porque não tenho herdeiros diretos e
quero que o trabalho continue", afirma Fisk.
5ª AVENIDA
A Cerâmica Portinari vai fornecer porcelanato a todas as lojas da rede norte-americana Sacks 5th Avenue. Até o fim do ano
serão enviados 14 mil m2 do porcelanato.
CRÉDITO ESPECIAL
O Banco do Brasil inicia
na próxima segunda as contratações do FAT Giro Setorial, linha de crédito especial
direcionada às indústrias ligadas a setores que utilizam
mão-de-obra intensiva e que
tenham perfil exportador. O
primeiro setor a ser atendido é o coureiro-calçadista.
Os recursos, da ordem de
R$ 400 milhões, são provenientes do FAT. Os empréstimos são corrigidos pela
TJLP, acrescida de até 2,8%
ao ano. As indústrias podem
contratar operações entre
R$ 5 mil e R$ 5 milhões.
ADIADO
O juiz Lewis Kaplan, de
Nova York, adiou novamente, agora para o dia 10 de julho, a decisão que determina
se o Opportunity tem ou não
o direito de substituir os
atuais administradores da
Brasil Telecom, indicados
pelos fundos de pensão e pelo Citigroup. O Opportunity
quer um prêmio de controle
para se afastar da Brasil Telecom. Ao adiar mais uma
vez a decisão, Kaplan parece
estar forçando um acordo
entre os sócios da tele. Ele
até já se ofereceu para mediar o conflito entre os três.
DÉFICIT À VISTA
A balança comercial do setor têxtil registrou um déficit de US$ 14,4 milhões em
maio, segundo números divulgados ontem pela Abit
(associação brasileira do setor), durante o Fashion Rio.
De janeiro a maio, houve um
superávit de apenas
US$ 16,9 milhões, uma queda de 91,14% em relação aos
US$ 190,9 milhões registrados no mesmo período de
2005. Este é o segundo déficit comercial mensal do setor este ano. O primeiro foi
de US$ 10 milhões, em marco. Fernando Pimentel, superintendente da Abit, responsabiliza o câmbio valorizado por esse resultado. Ele
não afasta inclusive a possibilidade de o setor registrar
em 2006 o primeiro déficit
comercial desde 2000.
TOP 5
Mesmo já tendo sido vendido, o BankBoston emplacou em maio três primeiros
lugares de uma só vez no
ranking Focus Top 5 do BC.
As projeções do Boston para
os três principais indicadores de inflação (IPCA, IGP-M e IGP-DI) foram as mais
próximas do resultado efetivo de médio prazo.
CORRENTE POSITIVA
Zagallo adoraria: a Coca-Cola, patrocinadora da Fifa
e da Copa, inaugurou no mês
da Copa o 13º restaurante
comunitário Prato Popular
no Brasil, em Belém do Pará.
Desde 2003, a Coca-Cola
Brasil já serviu mais de 1,8
milhão de refeições a R$ 1
cada uma para a população
de 13 estados.
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