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Lucros do BB e Caixa ajudam ajuste fiscal
Instituições já repassaram R$ 1,3 bilhão ao Tesouro Nacional como adiantamento dos ganhos previstos para este ano
Com lucro de R$ 1,396 bi
no primeiro trimestre, o
BNDES também contribuiu, repassando R$ 600 mi para
o caixa do governo federal
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Juntos, Banco do Brasil e
Caixa Econômica Federal lucraram R$ 3,042 bilhões no primeiro trimestre deste ano, valor 111% maior do que o registrado no mesmo período do
ano passado. Os ganhos alcançados pelos bancos ajudam a
reforçar o ajuste fiscal promovido pelo governo.
As instituições financeiras,
porém, recebem tratamento
diferenciado no cálculo do superávit primário (receitas menos despesas do governo, exceto gastos com juros).
Em geral, as empresas estatais contribuem para esse superávit com toda a sobra de caixa
que se apura em determinado
período. No caso dos bancos,
porém, só entra na conta do superávit primário os recursos
que as instituições financeiras
repassam, como dividendos, ao
Tesouro Nacional. Logo, quanto maior o lucro, maior é a contribuição ao ajuste fiscal.
Em abril, Banco do Brasil e
Caixa Econômica Federal repassaram R$ 1,3 bilhão ao Tesouro Nacional. Trata-se de um
adiantamento que esses bancos
deram ao governo pelos lucros
que esperam alcançar durante
este ano.
Normalmente, os dividendos
distribuídos por essas instituições financeiras equivalem a
cerca de 30% dos ganhos efetivamente apurados em determinado ano.
Entre os dez maiores
O BNDES (Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social), que no primeiro
trimestre deste ano obteve lucro de R$ 1,396 bilhão, também
contribuiu com o ajuste fiscal e
repassou, também em abril, R$
600 milhões para o Tesouro
Nacional.
Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal são os dois únicos bancos públicos na lista das
dez maiores instituições financeiras do país, segundo levantamento feito pelo Banco Central
considerando o valor dos ativos
de cada banco.
Até março do ano passado, a
lista dos dez maiores incluía
também a Nossa Caixa, mas no
segundo trimestre do ano passado o banco paulista perdeu a
décima posição para o banco
Votorantim.
Dos 103 bancos que entregaram os balanços do primeiro
trimestre ao Banco Central, 12
são públicos -entre estaduais e
federais- e 34 são controlados
por estrangeiros.
Os demais 69 são nacionais,
embora alguns deles tenham
participação minoritária de
bancos internacionais.
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