São Paulo, sábado, 10 de junho de 2006

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Lucros do BB e Caixa ajudam ajuste fiscal

Instituições já repassaram R$ 1,3 bilhão ao Tesouro Nacional como adiantamento dos ganhos previstos para este ano

Com lucro de R$ 1,396 bi no primeiro trimestre, o BNDES também contribuiu, repassando R$ 600 mi para o caixa do governo federal


DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Juntos, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal lucraram R$ 3,042 bilhões no primeiro trimestre deste ano, valor 111% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. Os ganhos alcançados pelos bancos ajudam a reforçar o ajuste fiscal promovido pelo governo.
As instituições financeiras, porém, recebem tratamento diferenciado no cálculo do superávit primário (receitas menos despesas do governo, exceto gastos com juros).
Em geral, as empresas estatais contribuem para esse superávit com toda a sobra de caixa que se apura em determinado período. No caso dos bancos, porém, só entra na conta do superávit primário os recursos que as instituições financeiras repassam, como dividendos, ao Tesouro Nacional. Logo, quanto maior o lucro, maior é a contribuição ao ajuste fiscal.
Em abril, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal repassaram R$ 1,3 bilhão ao Tesouro Nacional. Trata-se de um adiantamento que esses bancos deram ao governo pelos lucros que esperam alcançar durante este ano.
Normalmente, os dividendos distribuídos por essas instituições financeiras equivalem a cerca de 30% dos ganhos efetivamente apurados em determinado ano.

Entre os dez maiores
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que no primeiro trimestre deste ano obteve lucro de R$ 1,396 bilhão, também contribuiu com o ajuste fiscal e repassou, também em abril, R$ 600 milhões para o Tesouro Nacional.
Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal são os dois únicos bancos públicos na lista das dez maiores instituições financeiras do país, segundo levantamento feito pelo Banco Central considerando o valor dos ativos de cada banco.
Até março do ano passado, a lista dos dez maiores incluía também a Nossa Caixa, mas no segundo trimestre do ano passado o banco paulista perdeu a décima posição para o banco Votorantim.
Dos 103 bancos que entregaram os balanços do primeiro trimestre ao Banco Central, 12 são públicos -entre estaduais e federais- e 34 são controlados por estrangeiros.
Os demais 69 são nacionais, embora alguns deles tenham participação minoritária de bancos internacionais.


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