|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Economia retorna ao patamar de 2007
DO ENVIADO ESPECIAL AO RIO
DA SUCURSAL DO RIO
Interrompido o mais vigoroso ciclo de crescimento
econômico desde a redemocratização do país, a renda
brasileira voltou aos mesmos
patamares de dois anos atrás.
Ao todo, o PIB somou
R$ 684,6 bilhões no primeiro
trimestre -é o valor de tudo
o que foi produzido em território nacional na indústria,
na agropecuária e nos serviços ou, visto por outro ângulo, de tudo o que foi consumido e investido por famílias,
empresas e governos.
Descontada a inflação, trata-se de resultado quase
idêntico ao do segundo trimestre de 2007, quando Lula
ainda estava no início de seu
segundo mandato e o PAC
acabava de ser lançado com o
propósito declarado de acelerar o crescimento econômico, que se mantinha abaixo da média internacional.
Graças ao bom momento
da economia internacional,
já encerrado, o Brasil viveu
dois anos seguidos de expansão superior a 5%, o que não
acontecia desde 1995, no início do Real. Para este ano,
porém, discute-se se a taxa
será zero, um pouco abaixo
de zero ou um pouco acima.
Para que se confirme a primeira hipótese, segundo os
cálculos do IBGE, a economia precisa crescer 0,6% de
abril a dezembro ante o mesmo período do ano passado.
No caso mais recente, o país
crescia a um ritmo semelhante em 2003, primeiro e
pior ano econômico de Lula.
Uma taxa inferior resultaria no primeiro ano no vermelho desde 1992, quando o
então presidente Fernando
Collor teve de enfrentar um
processo de impeachment.
Só um crescimento de
1,9% nos três trimestres restantes tornaria viável fechar
o ano com a expansão de 1%
que o ministro Guido Mantega (Fazenda) apresenta como objeto de desejo.
Para os 2% de alta no ano
alardeados ontem por Carlos
Lupi, do Trabalho, o PIB teria de se expandir a 3,2% nos
próximos anúncios do IBGE.
O último pico econômico
do país foi atingido no final
do terceiro trimestre do ano
passado. Se considerado o
período de 12 meses encerrados naquele setembro, o PIB
teve alta de 6,3%. Esse ritmo
caiu pela metade após o agravamento da crise internacional: nos 12 meses encerrados
em março passado, a expansão foi de 3,1%.
Texto Anterior: PIB cai 0,8%, mas consumo e serviços atenuam recessão Próximo Texto: Frase Índice
|