São Paulo, quarta-feira, 10 de junho de 2009

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Economia retorna ao patamar de 2007

DO ENVIADO ESPECIAL AO RIO
DA SUCURSAL DO RIO

Interrompido o mais vigoroso ciclo de crescimento econômico desde a redemocratização do país, a renda brasileira voltou aos mesmos patamares de dois anos atrás.
Ao todo, o PIB somou R$ 684,6 bilhões no primeiro trimestre -é o valor de tudo o que foi produzido em território nacional na indústria, na agropecuária e nos serviços ou, visto por outro ângulo, de tudo o que foi consumido e investido por famílias, empresas e governos.
Descontada a inflação, trata-se de resultado quase idêntico ao do segundo trimestre de 2007, quando Lula ainda estava no início de seu segundo mandato e o PAC acabava de ser lançado com o propósito declarado de acelerar o crescimento econômico, que se mantinha abaixo da média internacional.
Graças ao bom momento da economia internacional, já encerrado, o Brasil viveu dois anos seguidos de expansão superior a 5%, o que não acontecia desde 1995, no início do Real. Para este ano, porém, discute-se se a taxa será zero, um pouco abaixo de zero ou um pouco acima.
Para que se confirme a primeira hipótese, segundo os cálculos do IBGE, a economia precisa crescer 0,6% de abril a dezembro ante o mesmo período do ano passado. No caso mais recente, o país crescia a um ritmo semelhante em 2003, primeiro e pior ano econômico de Lula.
Uma taxa inferior resultaria no primeiro ano no vermelho desde 1992, quando o então presidente Fernando Collor teve de enfrentar um processo de impeachment.
Só um crescimento de 1,9% nos três trimestres restantes tornaria viável fechar o ano com a expansão de 1% que o ministro Guido Mantega (Fazenda) apresenta como objeto de desejo.
Para os 2% de alta no ano alardeados ontem por Carlos Lupi, do Trabalho, o PIB teria de se expandir a 3,2% nos próximos anúncios do IBGE.
O último pico econômico do país foi atingido no final do terceiro trimestre do ano passado. Se considerado o período de 12 meses encerrados naquele setembro, o PIB teve alta de 6,3%. Esse ritmo caiu pela metade após o agravamento da crise internacional: nos 12 meses encerrados em março passado, a expansão foi de 3,1%.


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