São Paulo, terça-feira, 10 de julho de 2001

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PAINEL S.A.

Alta moderada
A ameaça de "apagão" não teve impacto tão significativo na indústria em maio. As vendas reais aumentaram 3,8% em relação a abril, segundo pesquisa que acaba de sair do forno da CNI. Os técnicos consideraram uma alta moderada. Em abril, as vendas tinham caído 6,45% em comparação a março.

Bloqueio e corte
Manoel Horácio Francisco da Silva, presidente da Telemar, informa que, desde março, a empresa já bloqueou 1 milhão de linhas telefônicas e cortou mais 600 mil como medidas para combater a inadimplência.

Inadimplência
O calote dobrou na Telemar. De uma média de 2%, a inadimplência saltou para mais de 4% este ano. A inadimplência somou R$ 190 milhões, para uma receita de quase R$ 4 bilhões até maio.

Cruzeiro do Sul
Rolim Amaro (TAM), pouco antes de morrer, havia iniciado conversas com a Varig para um acordo operacional das duas companhias com base na parceria firmada entre a Sadia e a Perdigão. Amaro chamava de projeto "Cruzeiro do Sul". A idéia era as duas atuarem juntas no mercado externo.

Bolsa-Escola
Em duas semanas, o programa Bolsa-Escola, do Ministério da Educação, pagou R$ 325 mil a 12.749 famílias, beneficiando 21.657 crianças. O dinheiro é sacado com cartão nas lojas lotéricas ou nas agências da Caixa.

Pé firme
A Abimaq se opõe à proposta em estudo no governo de redução de tarifas de importação em algumas áreas, a fim de provocar um ""choque de competitividade". Para a entidade, seria um novo ""apagão" no setor produtivo, às voltas com a elevação dos juros e a carga tributária.

Acionistas
De 22 países em que abriu participação acionária a funcionários, a filial brasileira da Sodexho Alliance (fornecimento de alimentação industrial) foi a que teve maior adesão. Dos 7.000 empregados, 68% se inscreveram, em uma lista que inclui de copeiros a porteiros.

Esteira
A companhia aérea Dinar lança hoje a rota que sai de Tucumán e Salta (norte argentino) em direção a São Paulo. Aproveita para ganhar terreno da Aerolíneas Argentinas, que, depois de dez anos de privatização, está em processo de falência.

Vistoria
Em parceria com a DPaschoal, a Itaú Seguros vai oferecer a seus clientes inspeção dos veículos, na qual serão verificados itens relacionados à segurança.

Terceirizado
A Telefônica usará 43 revendedores no interior e na capital paulista para ampliar o programa de vendas de equipamentos de telefonia dirigido ao mercado corporativo. Somente em São Paulo, esse segmento soma mais de 70 mil empresas.

Sala de espera
Na contramão de Congonhas (mais 12,98%) e Brasília (11,66%), o aeroporto de Guarulhos não teve alteração no movimento de passageiros no primeiro semestre. Resultado da retração do número de viagens internacionais, provocada pela disparada na cotação do dólar.

E-mail -
guilherme.barros@uol.com.br

ANÁLISE

Terror sem fim
O Brasil está vivendo agora a sua pior fase. O melhor para o país seria o fim da crise Argentina, mesmo que isso signifique a desvalorização do peso. A opinião é do economista José Márcio Camargo, da PUC do Rio. Segundo ele, uma desvalorização da moeda argentina não seria um desastre para o Brasil. No curto prazo, a pressão sobre o dólar aumentaria, mas o Banco Central tem instrumentos para inverter essa alta. Para isso, terá de combinar medidas tanto de política cambial (emissão de títulos cambiais) como de política monetária (aumento de juros). Essa pressão, no entanto, iria demorar de um a dois meses. Depois, a situação se normalizaria. Com a desvalorização, a Argentina voltaria a crescer e aumentaria a importação do Brasil.

NO MERCADO

O mercado acionário doméstico encerrou a semana passada com resultados bastante negativos. Além de a Bolsa recuar 4,5%, 46 das 56 ações que compõem o Ibovespa -o índice dos papéis mais negociados- terminaram o período com desvalorização.

FRASE

"O mais importante é acabar com esse clima de terror sem fim da crise na Argentina"

JOSÉ MÁRCIO CAMARGO, economista

NÚMEROS

6.930

Foi o total de participantes ativos em consórcios de veículos estrangeiros em maio, segundo o Banco Central.

6,3%

Foi a alta do Índice de Preços de Serviços no primeiro semestre deste ano, segundo o Instituto Fecomércio-RJ.



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