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Empresário nega acusações de irregularidades
DA REPORTAGEM LOCAL
Presidente do conselho
de administração da VarigLog e sócio-diretor da
Volo, Marco Antonio Audi
é um empresário no mínimo cuidadoso. Recebeu a
Folha no hangar da Tucson Aviação, sua empresa
que fica no aeroporto
Campo de Marte, em São
Paulo, com quatro advogados, entre eles Roberto
Teixeira, compadre do
presidente Lula. E preferiu não ser fotografado.
Audi recebeu a reportagem para falar sobre acusações feitas contra ele por
Jefferson Araújo de Almeida, sócio afastado da
Tucson Aviação.
Entre elas, a de que Audi
subloca ilegalmente o espaço da Tucson no Campo
de Marte, que é administrado pela Infraero, para
hangaragem de helicópteros da Polícia Civil. Almeida diz que há um parecer
do TCE (Tribunal de Contas do Estado) -o que foi
confirmado pela reportagem no Tribunal-, afirmando que a licitação vencida por Audi na Polícia
Civil é ilegal, entre outros
motivos porque quem a
venceu foi a Lumber, outra empresa de Audi, e não
a Tucson, que é a concessionária da Infraero. "A
Lumber é dona da Tucson,
participou da licitação e fizemos tudo dentro da legalidade", responde Audi.
Audi entrou na Justiça
contra a Infraero quando a
estatal informou, em
2002, que não renovaria o
contrato. A estatal pediu
reintegração de posse,
mas a Tucson conseguiu
liminar para continuar
operando no aeroporto.
Hoje ocorre uma audiência entre as partes.
O empresário, revendedor no Brasil dos helicópteros Robinson, é filho de
Nagib Audi, que era dono
da Química Industrial
Paulista. Em 2003, uma
ação trabalhista de um dos
funcionários da Química
terminou no bloqueio parcial de contas da Tucson
-a maior parte foi desbloqueada, segundo Audi.
Almeida afirma que Audi falsificou a assinatura
de um sócio da Lumber,
Palmarino Landi Netto,
em uma alteração contratual de 1999 em que este,
com 1% das cotas, se retirava da sociedade. Netto
havia morrido em 95. Audi
admite que usou a assinatura, mas diz que Netto lhe
deixou um papel assinado
antes de morrer.
(MP)
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