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Indústria prevê PIB menor
com impacto da inflação
Para CNI, alta de preços comprometerá crescimento
EDUARDO CUCOLO
DA FOLHA ONLINE, EM BRASILIA
A CNI (Confederação Nacional da Indústria) prevê que a alta da inflação vai comprometer
o ritmo de crescimento da economia brasileira em 2008.
A entidade divulgou a nova
previsão trimestral dos principais indicadores econômicos. A
expectativa para o crescimento
do PIB (Produto Interno Bruto) foi revista de 5% para 4,7%.
Para a CNI, o consumo das famílias brasileiras vai crescer
menos (5,5%, ante 7,5% da previsão anterior). Também haverá queda nos investimentos (de
14% para 10,5%). Já a previsão
para o PIB da indústria foi
mantida em 5%.
As novas estimativas se devem ao aumento da inflação. A
CNI revisou sua previsão para o
IPCA de 4,7% para 6,4%. A meta do governo para este ano é de
4,5%, podendo chegar a 6,5%
na margem de tolerância.
"As medidas de política econômica voltadas à contenção
da pressão inflacionária, em especial a retomada de uma política monetária restritiva, irão
conduzir à desaceleração da
economia", diz a CNI em nota.
Com a inflação em alta, a CNI
espera que a taxa básica de juros termine 2008 em 14,25% ao
ano (hoje, está em 12,25%).
Apesar de a previsão ser de
juros mais altos, a CNI avalia
que a Selic teria de subir ainda
mais se não fosse a política fiscal do governo, que prevê economia maior de dinheiro para
pagar os juros da dívida -o chamado superávit primário.
A CNI avalia que juros maiores vão continuar atraindo
mais capital estrangeiro, o que
deve ajudar na valorização do
real em relação à moeda norte-americana. A confederação
prevê que o dólar termine o
ano em R$ 1,67, e as importações foram revistas de US$ 165
bilhões para US$ 170 bilhões.
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