São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 2008

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Indústria prevê PIB menor com impacto da inflação

Para CNI, alta de preços comprometerá crescimento

EDUARDO CUCOLO
DA FOLHA ONLINE, EM BRASILIA

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) prevê que a alta da inflação vai comprometer o ritmo de crescimento da economia brasileira em 2008.
A entidade divulgou a nova previsão trimestral dos principais indicadores econômicos. A expectativa para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) foi revista de 5% para 4,7%. Para a CNI, o consumo das famílias brasileiras vai crescer menos (5,5%, ante 7,5% da previsão anterior). Também haverá queda nos investimentos (de 14% para 10,5%). Já a previsão para o PIB da indústria foi mantida em 5%.
As novas estimativas se devem ao aumento da inflação. A CNI revisou sua previsão para o IPCA de 4,7% para 6,4%. A meta do governo para este ano é de 4,5%, podendo chegar a 6,5% na margem de tolerância.
"As medidas de política econômica voltadas à contenção da pressão inflacionária, em especial a retomada de uma política monetária restritiva, irão conduzir à desaceleração da economia", diz a CNI em nota.
Com a inflação em alta, a CNI espera que a taxa básica de juros termine 2008 em 14,25% ao ano (hoje, está em 12,25%).
Apesar de a previsão ser de juros mais altos, a CNI avalia que a Selic teria de subir ainda mais se não fosse a política fiscal do governo, que prevê economia maior de dinheiro para pagar os juros da dívida -o chamado superávit primário.
A CNI avalia que juros maiores vão continuar atraindo mais capital estrangeiro, o que deve ajudar na valorização do real em relação à moeda norte-americana. A confederação prevê que o dólar termine o ano em R$ 1,67, e as importações foram revistas de US$ 165 bilhões para US$ 170 bilhões.


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