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Alta do petróleo leva empresas dos EUA a adiar pedidos feitos a Boeing
Mercado americano representa de 10% a 11% das vendas da fabricante de aviões
JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO
A alta no preço do petróleo já
levou algumas companhias
americanas a pedir adiamento
na entrega de aeronaves da
Boeing. Segundo Randy Tinseth, vice-presidente de marketing da Boeing, o mercado
americano representa de 10% a
11% das vendas da fabricante.
"Já tivemos alguns adiamentos no mercado americano,
mas, ao mesmo tempo, outras
companhias estão avançando
na substituição de aeronaves
mais antigas", disse. O executivo destacou que não há sinais
de adiamentos ou de cancelamentos em outros mercados.
Ontem, o barril do petróleo fechou a US$ 136,05.
A Boeing divulgou ontem as
projeções para o mercado nos
próximos 20 anos. A empresa
estima que as companhias aéreas precisarão de 29.400 novas aeronaves, com investimentos de US$ 3,2 trilhões.
Na avaliação da Boeing, o
mercado de jatos regionais tende a encolher devido ao aumento do preço do combustível e a
pressões ambientais. A maior
demanda se concentrará no
segmento de aviões de um corredor. A estimativa é de uma
demanda de 19.160 novas unidades, 65% do total, com um investimento de US$ 1,36 trilhão.
Em termos de investimento, o
segmento de aeronaves com
dois corredores lidera, com um
total de US$ 1,47 trilhão ou
6.750 novas unidades.
A Boeing estima que o petróleo tende a acelerar a velocidade de substituição de modelos
antigos de aeronaves, que deixariam de ser viáveis economicamente. O querosene de aviação representa de 30% a 40%
dos custos de uma companhia.
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