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Mercado aberto
País só cresce com reformas, diz BB DTVM
Se o governo não der prioridade às reformas no início de
2007, independentemente do
candidato eleito para ocupar a
Presidência da República, o
Brasil pode pôr a perder todas
as conquistas obtidas na economia nos últimos anos. Sem as
reformas, o Brasil corre o risco
de ter de voltar a conviver com
os anos de estagflação, que é a
combinação de inflação com
recessão.
O alerta é do economista Nelson Rocha, presidente da BB
DTVM, o braço do Banco do
Brasil para administração de
recursos, com mais de R$ 160
bilhões em ativos.
Segundo ele, o Brasil não pode desperdiçar esta oportunidade de adotar medidas que
conduzam o país para o crescimento sustentável.
De acordo com Rocha, a mola
mestra que irá fazer com que o
país estenda essa fase de crescimento econômico para o longo
prazo é o investimento. Para
trazer de volta os investimentos, no entanto, o economista
afirma que é fundamental aumentar o grau de confiança da
economia. Daí a necessidade
das reformas.
Rocha cita como fundamentais para que esse ciclo de crescimento tenha continuidade as
reformas tributária, previdenciária, trabalhista e a independência ou autonomia do Banco
Central.
Se essas reformas forem feitas, Rocha acha que o Brasil terá condições de manter um ritmo elevado de crescimento
mesmo se houver uma piora no
cenário internacional, como se
prevê. "Se não fizermos as reformas, dificilmente daremos
sustentação ao crescimento
que estamos vendo agora", diz.
Rocha reconhece que o governo pode encontrar dificuldades principalmente no Congresso para encaminhar as reformas, mas ele acha que essa
batalha deve ser travada. Hoje,
há muitas distorções na economia que devem ser corrigidas, e
a saída são as reformas.
De acordo com o economista,
a estrutura tributária no país é
esquizofrênica, o ajuste fiscal
do governo está muito concentrado na política monetária, a
legislação trabalhista não incentiva o crescimento do emprego, o BC tem uma autonomia de fato mas não de direito e
ela é necessária para dar mais
tranqüilidade ao mercado. São
essas prioridades que Rocha
gostaria de ver nos programas
de governos dos candidatos à
Presidência.
ASSÉDIO MORAL
O assédio moral é o mal do século do mundo corporativo. Com base em 20 anos de experiência em altos cargos
de grandes empresas nacionais e internacionais e no meio
acadêmico, Amalia Sina lança, na terça-feira, "A Outra
Face do Poder" (editora Saraiva), em que trata do assunto
e indica a necessidade de mudanças no ambiente de trabalho. "Este é o tema do momento, ainda que de forma
velada. Por isso está se transformando em um câncer e,
internacionalmente, já é uma epidemia", diz a executiva.
Segundo ela, cerca de 3% do PIB mundial se perde com
problemas decorrentes do assédio moral. "As empresas já
sabem da importância do tema, mas ainda fingem não
ver. Mas o assédio existe e é um problema da empresa."
MICRO E PEQUENAS
Jairo Klepacz, secretário
de Tecnologia Industrial do
Ministério do Desenvolvimento, anuncia na sexta, em
Socorro, São Paulo, a entrada das empresas Microsoft,
Microsiga, Intel, IBCD,
AMD e Telefônica no programa Telecentros de Informação e Negócios do ministério para capacitação e inclusão digital de micro e pequenos empresários.
EMPREENDEDORISMO
A Fundação Staples para o
Aprendizado, ligada a Staples, a maior fornecedora de
material de escritório do
mundo, com faturamento de
US$ 16 bilhões, escolheu o
Brasil para receber os recursos de sua primeira ação fora
dos EUA. O investimento será de US$ 125 mil para o projeto chamado MudaMundo,
que patrocina jovens para o
empreendedorismo social.
BALCÃO GOURMET
Nova York ganhou, na terça-feira, novo restaurante do aclamado chef francês Joël Robuchon;
entre os atrativos, além do menu, a própria cozinha, rodeada por um balcão para os clientes
ELETRICIDADE
Maurício Tolmasquim,
presidente da Empresa de
Pesquisa Energética, pediu
demissão do cargo de membro do conselho de Furnas
Centrais Elétricas. O objetivo era blindar o governo de
risco de denúncia de conluio
nos leilões de energia, por
deter informações diferenciadas, como demanda de
energia, e atuar diretamente
sobre a ação do leiloeiro.
CONSTRUÇÃO
A Fiesp lança hoje, em
parceria com 93 entidades
do setor, a UNC (União Nacional da Construção). Durante o evento, será apresentado o estudo "A Construção do Desenvolvimento
Sustentado", que mostra o
atual cenário do setor e o
que é necessário fazer para
que haja crescimento sustentável no país. Entre outros dados, o estudo mostra
que, se o próximo governo
investir R$ 11,7 bilhões por
ano na recuperação e na expansão da malha rodoviária,
R$ 6,8 bilhões por ano em
geração e transmissão de
energia, R$ 6 bilhões por
ano na ampliação do acesso
à água e ao esgoto e R$ 10,2
bilhões por ano na redução
do déficit habitacional e no
financiamento da habitação
social, além de incentivos
para aumentar em R$ 16,8
bilhões os investimentos em
habitação, terá resultados, a
curto prazo, como o acréscimo de 1,3% no PIB em relação aos valores de 2005, a
criação de 877 mil novos
postos de trabalho (expansão de 1,1% do emprego no
país) e incremento de
R$ 10,4 bilhões no valor dos
impostos e contribuições arrecadadas. Depois da apresentação, o documento será
entregue ao candidato à Presidência Geraldo Alckmin
(PSDB) e, posteriormente, a
todos os outros.
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