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Para Mantega, mexer em taxa não afeta o PIB
DA SUCURSAL DO RIO
O ministro do Planejamento,
Guido Mantega, disse ontem no
Rio que não há mais pressão inflacionária neste ano e que o crescimento da economia não será afetado por uma decisão do Copom
(Comitê de Política Monetária)
sobre juros. Mantega participou
do Minifórum Nacional, coordenado pelo economista João Paulo
dos Reis Velloso.
"O crescimento do país em 2004
está assegurado. Qualquer alteração nas taxas de juros não terá nenhum efeito imediato."
Mantega não quis defender claramente a queda da taxa de juros
na reunião da semana que vem do
Copom, mas disse acreditar não
haver pressão inflacionária.
"Os índices de inflação vão caminhar para baixo. Acredito que
a inflação está sob controle e deve
terminar o ano dentro da margem
da meta. Mas não quero dizer se
há necessidade ou não de aumento porque não gosto de dar opinião na véspera da reunião do Copom. Não vamos trabalhar com
especulações para que eles fiquem
tranqüilos e bastante "zens" para
serem suaves em suas decisões."
O ministro disse não acreditar
num movimento de recomposição de margem de lucro ou de reposições salariais que acabem aumentando o preço dos produtos.
"Não sei se haverá recomposição de margem porque há um
conflito entre fornecedores e consumidores. Além disso, as empresas estavam trabalhando com capacidade ociosa, o que provocava
custos fixos maiores. Com a retomada da produção, você consegue aproveitar melhor os custos e
pode recompor a margem praticando preços iguais ou menores."
Para Mantega, o aumento da inflação até agora neste ano foi provocado por preços administrados
e pelas commodities (produtos
primários com preços influenciados pelo mercado internacional).
Dirceu
Anteontem, o ministro-chefe da
Casa Civil, José Dirceu, afirmou
que o crescimento econômico já
está garantindo para este ano.
Dirceu defendeu que uma elevação de meio ponto percentual não
seria capaz de prejudicar a retomada da economia.
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