São Paulo, sexta-feira, 10 de setembro de 2004

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Para Mantega, mexer em taxa não afeta o PIB

DA SUCURSAL DO RIO

O ministro do Planejamento, Guido Mantega, disse ontem no Rio que não há mais pressão inflacionária neste ano e que o crescimento da economia não será afetado por uma decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre juros. Mantega participou do Minifórum Nacional, coordenado pelo economista João Paulo dos Reis Velloso.
"O crescimento do país em 2004 está assegurado. Qualquer alteração nas taxas de juros não terá nenhum efeito imediato."
Mantega não quis defender claramente a queda da taxa de juros na reunião da semana que vem do Copom, mas disse acreditar não haver pressão inflacionária.
"Os índices de inflação vão caminhar para baixo. Acredito que a inflação está sob controle e deve terminar o ano dentro da margem da meta. Mas não quero dizer se há necessidade ou não de aumento porque não gosto de dar opinião na véspera da reunião do Copom. Não vamos trabalhar com especulações para que eles fiquem tranqüilos e bastante "zens" para serem suaves em suas decisões."
O ministro disse não acreditar num movimento de recomposição de margem de lucro ou de reposições salariais que acabem aumentando o preço dos produtos.
"Não sei se haverá recomposição de margem porque há um conflito entre fornecedores e consumidores. Além disso, as empresas estavam trabalhando com capacidade ociosa, o que provocava custos fixos maiores. Com a retomada da produção, você consegue aproveitar melhor os custos e pode recompor a margem praticando preços iguais ou menores."
Para Mantega, o aumento da inflação até agora neste ano foi provocado por preços administrados e pelas commodities (produtos primários com preços influenciados pelo mercado internacional).

Dirceu
Anteontem, o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, afirmou que o crescimento econômico já está garantindo para este ano. Dirceu defendeu que uma elevação de meio ponto percentual não seria capaz de prejudicar a retomada da economia.


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