Exigência vale apenas para aparelhos TDMA; Procon critica medida unilateral

DA REPORTAGEM LOCAL

Desde o dia 21 de agosto, a Claro tem entrado em contato com os seus clientes que usam a chamada tecnologia de celular TDMA para dar-lhes um aviso. Será preciso discar uma senha para fazer ligações do aparelho se o consumidor não quiser ter o celular bloqueado. A obrigatoriedade do uso da senha foi determinada pela empresa sem autorização da Anatel, a agência reguladora do setor no país.
Oficialmente, a empresa informa que a medida foi tomada para evitar clonagens. O Procon SP questiona a decisão e informa que o problema de clonagem precisa ser controlado sem ônus ao cliente.
Quem utiliza os celulares da Claro recebeu em casa uma carta com a nova determinação e os números que fazem parte da senha. A carta ainda faz menções às vantagens da tecnologia GSM -que vem sendo alvo de uma série de ações recentes da Claro para que clientes passem a utilizá-la, em detrimento do TDMA.
A tecnologia TDMA é uma das mais utilizadas no mundo, mas vem perdendo mercado no Brasil com a expansão do GSM -com sinal e canal de voz digital. Mais de 59% dos aparelhos no Brasil utilizam o GSM, contra 14,24% do TDMA segundo dados de julho da Anatel. O interesse na difusão do GSM existe, em parte, por causa da economia: o custo de infra-estrutura dessa rede é mais baixo para as empresas.
A Claro tem crescido no mercado brasileiro. A companhia fechou em julho com 22,87% do mercado, contra 22,83% em junho, informa a Anatel. A Vivo é líder, com 30,77% de participação em julho e 31,09% em junho. Em segundo lugar está a TIM, com 24,57% -atingiu 24,36% em junho.
(AM)


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