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Metalúrgicos vão parar montadoras no ABC
No Paraná, cerca de 7.000 veículos deixam de ser produzidos em sete dias de greve por aumento real
DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Trabalhadores da Ford, da
Mercedes-Benz e da Scania vão
parar parcialmente essas três
montadoras do ABC paulista
para pedir aumento real de salário. A manifestação também
deve ocorrer no primeiro turno
de trabalho da Mahle Metal Leve, da Rassini e da Karmanghia.
Dirigentes do Sindicato dos
Metalúrgicos do ABC e da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, que representa
220 mil trabalhadores no Estado, não chegaram a um acordo
na negociação de ontem com as
montadoras. Amanhã haverá
nova rodada de negociação.
Os empresários mantêm a
proposta já rejeitada pela categoria -de reajuste de cerca de
4,7% para repor a inflação dos
últimos 12 meses, medida pelo
INPC. Os trabalhadores "não
abrem mão de aumento real",
segundo Sérgio Nobre, presidente do sindicato.
Os sindicalistas usam como
argumento o fato de o setor automobilístico já dar sinais de
recuperação, após receber incentivos fiscais para incrementar vendas e enfrentar os efeitos da crise no fim de 2008. A
recuperação desse setor, segundo dizem, justifica a concessão de aumento real. Em
2008, a categoria recebeu 11,2%
de reajuste -dos quais 7,5% para repor as perdas da inflação.
A partir das 7h de hoje, os
metalúrgicos do ABC devem
realizar uma passeata, seguida
de um protesto, na avenida 31
de Março, em São Bernardo.
Paraná
Após sete dias de paralisação
completados hoje, a Renault-Nissan e a Volkswagen-Audi,
no Paraná, deixaram de produzir cerca de 7.000 veículos, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba.
São 8.500 metalúrgicos em
greve desde a semana passada
para pedir 10% de reajuste e
abono de R$ 2.000. As montadoras não comentam a greve.
Na Volvo, de Curitiba, haverá
assembleia hoje e pode ser
aprovada greve.
(CR e DV)
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