São Paulo, quinta-feira, 10 de setembro de 2009

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Metalúrgicos vão parar montadoras no ABC

No Paraná, cerca de 7.000 veículos deixam de ser produzidos em sete dias de greve por aumento real

DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

Trabalhadores da Ford, da Mercedes-Benz e da Scania vão parar parcialmente essas três montadoras do ABC paulista para pedir aumento real de salário. A manifestação também deve ocorrer no primeiro turno de trabalho da Mahle Metal Leve, da Rassini e da Karmanghia.
Dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, que representa 220 mil trabalhadores no Estado, não chegaram a um acordo na negociação de ontem com as montadoras. Amanhã haverá nova rodada de negociação.
Os empresários mantêm a proposta já rejeitada pela categoria -de reajuste de cerca de 4,7% para repor a inflação dos últimos 12 meses, medida pelo INPC. Os trabalhadores "não abrem mão de aumento real", segundo Sérgio Nobre, presidente do sindicato.
Os sindicalistas usam como argumento o fato de o setor automobilístico já dar sinais de recuperação, após receber incentivos fiscais para incrementar vendas e enfrentar os efeitos da crise no fim de 2008. A recuperação desse setor, segundo dizem, justifica a concessão de aumento real. Em 2008, a categoria recebeu 11,2% de reajuste -dos quais 7,5% para repor as perdas da inflação.
A partir das 7h de hoje, os metalúrgicos do ABC devem realizar uma passeata, seguida de um protesto, na avenida 31 de Março, em São Bernardo.

Paraná
Após sete dias de paralisação completados hoje, a Renault-Nissan e a Volkswagen-Audi, no Paraná, deixaram de produzir cerca de 7.000 veículos, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba.
São 8.500 metalúrgicos em greve desde a semana passada para pedir 10% de reajuste e abono de R$ 2.000. As montadoras não comentam a greve.
Na Volvo, de Curitiba, haverá assembleia hoje e pode ser aprovada greve. (CR e DV)


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