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outro lado
Dados não podem ser comparados, afirma Febraban
DA REPORTAGEM LOCAL
A Febraban (Federação
Brasileira de Bancos) afirma
que não é possível comparar
dados provenientes de diferentes países, pois eles usam
metodologias diversas para
chegar a estimativas próprias de "spreads", a diferença entre as taxas de juros para captar recursos e as repassadas aos clientes.
No caso do México, a taxa
utilizada como referência
para captação é a cobrada pelos bancos nos empréstimos
a empresas de primeira linha, que representam o menor risco do setor privado. Já
a Austrália considera os juros médios dos empréstimos
imobiliários de melhor avaliação e a Índia, a taxa que os
bancos conseguem emprestar do Banco Central. No
Brasil, a referência é a taxa de
rolagem da dívida pública.
"São coisas incomparáveis.
Essa pesquisa é completamente "misleading" [enganadora]", disse Rubens Sardenberg, economista-chefe da
Febraban. A federação pretende preparar um estudo
comparando taxas e
"spreads" de diferentes países, mas para produtos semelhantes -financiamento
de veículos, crédito pessoal,
cartão de crédito etc.
A federação lembra que o
FMI, responsável pela compilação das informações, faz
um alerta sobre essa dificuldade de comparação. "Devido a diferenças nas contas
nacionais, impostos e regimes regulatórios, os dados
não são exatamente comparáveis entre países", diz.
Em relação à inadimplência, o economista da Febraban disse que os dados brasileiros incluem também o
crédito direcionado (imobiliário, rural) e com recursos
do BNDES, que têm inadimplência menor. "Sem eles, as
taxas sobem bastante", disse.
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