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Para analistas, oferta poderá abrir leilão
DENYSE GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL
Agora que sabem que a
GVT está de fato à venda, outras companhias de telecomunicações também podem
fazer ofertas por ela, na avaliação de especialistas de
mercado. A operadora é
atraente porque o crescimento da sua base de clientes, da receita e do lucro tem
ficado acima da média do
mercado, resultado de uma
estratégia eficiente.
"Como não precisa cumprir determinadas regras do
setor -por exemplo, as metas de universalização do serviço-, a GVT tem condições
de focar somente no que dá
mais lucro. Nas cidades em
que atua, busca primeiro os
bairros nobres, oferecendo
um bom serviço de banda
larga, e as pequenas e médias
empresas. Outra vantagem
competitiva é que a sua rede
é mais nova e moderna", afirma Luciana Leocádio, chefe
do departamento de análise
da corretora Ativa.
Os R$ 42 por ação que a Vivendi se propôs pagar -quase 16% acima do valor de fechamento do papel ontem,
quando a operação ainda não
havia sido anunciada- se
justificam, na opinião dos
economistas. "O prêmio
[montante oferecido acima
do preço de mercado das
ações da companhia] se deve
ao potencial de crescimento
da GVT", diz Leocádio.
Para Alex Pardellas, analista da corretora Banif, o
aporte da Vivendi dará à operadora mais fôlego para continuar investindo e se expandindo. "Em algum momento,
poderia faltar capital. A parceria com a empresa francesa lhe dará suporte", diz.
Evolução
A GVT iniciou as atividades em novembro de 2000
como "empresa espelho"
(concorrente) da então Brasil Telecom. Depois de iniciar suas atividades em nove
Estados, além do Distrito Federal, a companhia já atua
em nível nacional.
Na eventual parceria com
o grupo Vivendi, o presidente executivo da GVT, Amos
Genish, disse que quer expandir negócios para regiões
como São Paulo e Rio. Hoje
sua principal fatia de atuação
(15,5%) ainda se concentra
nos Estados do Sul.
A estreia nacional ocorreu
em 2007, depois que a empresa levantou R$ 1 bilhão na
Bolsa de Valores ao decidir
abrir capital para novos investidores. A empresa é controlada por dois fundos de
investimento, o GVT Holand
BV, da Holanda, e o Swarth
Group, composto por investidores europeus e norte-americanos.
De cada cem usuários de linhas da GVT, 73 também
contratam pacotes que incluem o serviço de transmissão de dados pela internet de
alta velocidade, o que, segundo a GVT, dá à companhia o
maior índice de penetração
de banda larga entre os clientes do varejo das operadoras
de telefonia do país.
Colaborou a Agência Folha
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