|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
O QUE É QUE ELES TÊM
Performance foi melhor que a do Brasil nos últimos cinco anos
Capacidade de pagar destaca Rússia
DA REPORTAGEM LOCAL
O crescimento constante da
economia a partir de 99, a melhoria da situação fiscal e os
bons resultados no setor externo são os principais fatores que
diferenciam a Rússia do Brasil.
São esses elementos que permitiram a concessão do "grau
de investimento" àquele país
pela Moody's, apesar da moratória decretada em 98, diz Arturo Porzecanski, responsável pela área de mercados emergentes
do ABN-Amro em Nova York.
Segundo ele, nos últimos cinco anos o Brasil apresentou performance pior que a da Rússia
em todos os indicadores macroeconômicos relevantes, o
que justificaria uma nota inferior pela agência de risco.
A diferença mais relevante é
que a Rússia demonstra hoje
uma grande capacidade de pagamento de seus compromissos
externos, por gerar um volume
expressivo de recursos em dólares. O país também consome
uma parcela menor de sua receita com o pagamento de juros
da dívida e conseguiu reduzir a
relação de seu endividamento
em relação ao PIB.
Porzecanski diz que há diferenças entre o "default" russo de
98 e o da Argentina de 2001. A
suspensão dos pagamentos, diz,
só atingiu parte da dívida interna e papéis que haviam sido
emitidos pela ex-URSS.
Enquanto a Rússia cresceu entre 4,9% e 9,1% nos últimos cinco anos, o PIB brasileiro teve
comportamento errático e em
seu melhor momento, em 2000,
subiu 4,36%. Quanto maior o
crescimento, maior a geração de
receita pelo país e menor a relação dívida/PIB. Na Rússia, esse
indicador passou de 83,3% em
99 para 38,2% agora.
(CLÁUDIA TREVISAN)
Texto Anterior: Mercado financeiro: Risco menor não muda classificação do Brasil Próximo Texto: Fim do sufoco?: Indústria diminui estoque e aumenta a produção, diz FGV Índice
|